No Dia Internacional pela eliminação da violência contra as mulheres, Palavra Aberta entrevista Tatiane Seixas
Em 25 de novembro, Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres, é o momento para refletirmos sobre a persistência de uma realidade cruel que ainda marca a vida de muitas mulheres ao redor do mundo. A violência de gênero continua sendo um problema estruturante da sociedade, e é preciso questionar o que ainda falta para garantir o respeito, a dignidade e a proteção de todas. Neste contexto, o programa Palavra Aberta, da TV Assembleia do Piauí, aborda a violação dos direitos à intimidade e à privacidade como uma forma de violência de gênero, trazendo uma análise profunda sobre a cultura patriarcal, as consequências sociais e os avanços conquistados na luta feminina.
A violência contra as mulheres não é apenas uma questão de agressões físicas, mas envolve também a violação da privacidade e da dignidade feminina, algo que está presente em diferentes espaços da sociedade. A presidente da União Brasileira de Mulheres no Piauí, Tatiane Seixas, foi a entrevistada de Thiago Moraes no Palavra Aberta desta segunda-feira, 25, e ela explica como a cultura patriarcal influencia a perpetuação da violência de gênero, permitindo que muitos homens ainda vejam as mulheres como seres subordinados a seu controle, tanto na esfera pública quanto privada.
Essa cultura se reflete de maneira clara na desvalorização das mulheres, seja no ambiente de trabalho, onde enfrentam questionamentos invasivos sobre a vida pessoal, seja na mídia, onde seus corpos são frequentemente expostos e sexualizados. A Constituição brasileira garante a dignidade e a inviolabilidade da privacidade de todos os cidadãos, mas na prática, as mulheres enfrentam uma realidade diferente, com a sexualização constante de suas imagens e a naturalização da violência contra elas.
De acordo com Seixas, embora haja avanços importantes, como a atuação da União Brasileira de Mulheres e a criação de órgãos dedicados à defesa dos direitos das mulheres, como o Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Mulher no Piauí, ainda há muito a ser feito.