Veja sobre cuidados com os pets em festas de fim de ano

por Antônio Luiz Moreira Bezerra publicado 20/12/2023 14h10, última modificação 20/12/2023 13h44
Alguns tutores costumam agradar os pets com comidas disponíveis na mesa de jantar, mas muitos alimentos são tóxicos.

Uma pesquisa realizada pela OpinionBox em maio deste ano, com 2.066 brasileiros, revelou que 85% deles consideram seus pets membros da família, 84% se sentem mais felizes por tê-los e 81% concordam que eles ajudam a diminuir o estresse. Esses dados podem justificar o estudo desenvolvido pelo portal Airbnb durante o primeiro semestre deste ano, o qual registrou um aumento de mais de 100% em noites reservadas por hóspedes acompanhados de seus animais de estimação no Brasil, quando comparado com o mesmo período do ano passado. A informação é do portal Estado de Minas.


Ainda segundo o portal diante desse cenário, é possível perceber que os pets estão cada vez mais incluídos nas rotinas de lares brasileiros, inclusive nas programações de fim do ano, época marcada por celebrações, viagens e dias de muito calor.


Nesse sentido, o site Special Dog dá algumas dicas. Acompanhe:


Na hora de confraternizar com a família, nada mais justo do que incluir os pets nas festas de final de ano, porém alguns cuidados são necessários. Preparamos então algumas dicas de cuidados para que esses momentos sejam muito proveitosos e seguros:


Mantenha objetos pequenos longe do alcance


Deve-se ter cuidado para não deixar ao alcance dos animais objetos pequenos que possam chamar a atenção para morder ou engolir. Um exemplo muito comum é a árvore de Natal que, por conter muitos enfeites em formatos de brinquedos, acaba chamando a atenção dos animais, principalmente gatos. Outros objetos comuns nessa época também podem oferecer riscos, como velas acesas, embalagens e fitas. Por isso é sempre importante estar atento para que eles não engulam os enfeites ou até mesmo mordam as luzes e acabem tomando choques ou se machucando.


Atente-se a plantas tóxicas


Outro ponto de atenção são algumas plantas natalinas que podem ser tóxicas aos animais. Um bom exemplo é a poinsétia, também conhecida como bico-de-papagaio ou flor-do-natal, que é comumente utilizada como adorno nessa época do ano e é extremamente tóxica a cães e gatos. Caso o seu animal tenha entrado em contato com essa planta, alguns sintomas que ele pode apresentar são vômitos, diarreia, tremores, salivação e dermatites. Nessa situação, leve o seu animal para o médico-veterinário mais próximo.


Fique de olho nos cacos de vidro


Em festas de final de ano é comum que acidentes possam acontecer com vidros, garrafas, copos ou até enfeites quebrados, que podem causar lesões físicas nos pets. Para evitar que alguém se machuque, o indicado é embrulhar os cacos de vidros em um jornal ou algum material mais resistente. 


Cuidado com a alimentação


É normal que alguns tutores queiram agradar os pets com petiscos ou comidas disponíveis na mesa de jantar. Entretanto, muitos alimentos de consumo humano são tóxicos para os animais, podendo transformar um simples gesto de carinho em sérios problemas de saúde.


Para evitar que isso aconteça na sua casa, separamos alguns exemplos de alimentos comuns em festas de final de ano que são altamente tóxicos para os pets:


  • Chocolate (chocotone, bombons, sobremesas em geral)
  • Uva e uvas passas (panetone, arroz com uvas-passas)
  • Comidas temperadas com alho e cebola
  • Bebidas alcoólicas


Ao serem ingeridos pelos pets, esses alimentos podem causar vômito, diarreia, apatia, desidratação, paralisia e, em muitos casos, podem levar ao óbito. Infelizmente, o tratamento dessas intoxicações são somente paliativos, e pequenas doses desses alimentos já podem fazer com que não seja possível salvar a vida do animal.


Outros alimentos merecem uma atenção especial ao estarem perto dos animais, como ossos em geral (peru, chester, frango, pernil suíno), espinhas de peixe (bacalhau) e frutos do mar.


É importante ficar atento a esses alimentos e sempre contactar um médico-veterinário. Para evitar que acidentes aconteçam, há uma grande variedade de petiscos e alimentos específicos para animais, que podem ser oferecidos para eles durante a confraternização.


Previna-se quanto aos fogos de artifício


Nesta época do ano, o uso de fogos de artificio é uma prática muito comum. Para pets, eles podem apresentar uma real ameaça, principalmente porque a maioria dos fogos de artificio têm estouros altos. Para uma parcela dos animais, a queima de fogos pode ser um momento estressante. Isso acontece porque cães e gatos possuem audição mais aguçada do que os seres humanos. Dessa forma, o barulho para eles é muito mais alto e, consequentemente, mais desconfortável.


Nesses casos, os pets podem apresentar sinais de medo, estresse e ansiedade, por vezes resultando até em fuga da própria casa, numa tentativa de buscar abrigo ou se esconder dos barulhos.


Pensando nesse cenário, separamos algumas orientações:


  • Para minimizar a intensidade do barulho, pode-se colocar um chumaço de algodão no ouvido dos animais, retirando-o quando acabar a queima de fogos.
  • É importante que o proprietário transmita calma e segurança para o animal neste momento. Punições podem piorar o quadro de estresse do animal.
  • Caso o animal tenha que ficar sozinho, é preciso mantê-lo em um ambiente fechado e seguro e, se possível, onde o barulho possa ser de menor intensidade. Janelas e portas precisam estar fechadas para minimizar os sons e evitar a fuga. Se possível, pode-se afastar os móveis para impedir que o animal tente escalar e acabe por se lesionar.
  • Caso o ambiente possua telas de proteção, principalmente quando é uma residência que possui gatos, é interessante que as telas sejam checadas para garantir a proteção dos animais.
  •  É importante que os pets estejam sempre com suas coleiras com placas de identificação contendo o telefone do proprietário.
  •  Para animais que já apresentam sintomas de ansiedade com queima de fogos, a companhia do tutor durante esse momento fará com que ele se sinta mais seguro. Procure não deixá-lo sozinho.
  • Procure um médico-veterinário para obter outras instruções que garantam a segurança do seu animal. Somente ele pode sugerir o uso de uma medicação (caso seja necessário) e auxiliar com terapias especificas para este tipo de transtorno.

 

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Fontes: Estado de Minas/SpecialDog

Imagem: Reprodução

Edição: Site TV Alepi