Vacinas na gestação: garantia de saúde para mãe e bebê

por Antônio Luiz Moreira Bezerra publicado 08/11/2022 14h15, última modificação 08/11/2022 13h41
Vacinas como Hepatite B, Tétano e influenza são importantes em todas as fases da vida, mas na gestação podem salvar mãe e filho

Exames pré-natal, hemogramas, ecografias, vacinas. A imunização é parte importante dos nove meses de gestação. E a mulher precisa estar ainda mais atenta nesse período. Algumas vacinas tomadas durante a gravidez são fundamentais para garantir a saúde da mãe e também dos primeiros meses do bebê. 

 

Os anticorpos que a mãe recebe passam para o bebê através da placenta,  protegendo a saúde dele antes mesmo do nascimento _ como explica a pediatra Ana Karina Lira. 

 

“A importância da vacinação para a gestante é justamente para evitar complicações durante a gestação e também a proteção do bebê. Por exemplo, a Hepatite B ela vai proteger o bebê, caso a mãe se infecte, ela evita a passagem da doença para o bebê.”

 

As mães que não sabem se tomaram todas as vacinas necessárias, as que perderam o cartão ou as que não têm o esquema vacinal completo, precisam garantir essa proteção. Assim, afastam o risco de infecções e impedem a transmissão de doenças para o bebê. 

 

Vacinas como Influenza e Covid também são de extrema importância para a mãe grávida. Isso porque a mulher fica imunodeficiente nessa fase da vida, ou seja, mais propensa a desenvolver formas graves do que quando não está gestante. 

 

“A principal função da vacina é proteger a mãe para evitar que ela fique grave durante a gestação e comprometa a gravidez ou o bebê. Evitar partos prematuros,justamente pela gravidade que a mãe está se apresentando,” explica a pediatra. 

 

Lara, hoje com dois anos, nasceu com o máximo de imunização que poderia ter. Além dos anticorpos transmitidos por amamentação, a mãe, Vanessa Cristyna, esteve atenta ao calendário vacinal durante gravidez.

 

“A vacina faz com que a gente produza mais anticorpos e esses anticorpos consigam passar através da placenta, protegendo o bebê. Protegendo, principalmente, na hora do parto, contra o tétano, podendo ter algum corte no bebê, e é a proteção que a gente tem para dar. É muito importante que a gente esteja vacinado, que as grávidas vacinem, porque vacina é proteção.”

 

Esses imunizantes são oferecidos pelo SUS e podem ser encontrados nas unidades de saúde de todo o país. Entre as vacinas indicadas para as gestantes estão: 

 

Vacina dupla adulto (dT):

 

Potege mãe e filho contra tétano e difteria. Mesmo com esquema completo (três doses de dT ou dTpa) e/ou reforço com dT ou dTpa, a gestante deverá receber sempre 1 (uma) dose de dTpa a cada gestação. O tétano neonatal possui alta taxa de letalidade devido à contaminação do cordão umbilical durante o parto. A difteria pode causar obstrução respiratória, com alta taxa de mortalidade entre os recém-nascidos.

 

Vacina dTpa

 

Previne infecção de difteria, tétano e coqueluche. Conhecida como tríplice bacteriana acelular do tipo adulto, é recomendada em todas as gestações. Deve ser aplicada a partir da vigésima semana de gestação e a cada gestação. Para aquelas que perderam a oportunidade de serem vacinadas durante a gestação, é importante administrar uma dose de dTpa no puerpério, o mais rapidamente possível.

 

Vacina hepatite B

 

Para gestantes em qualquer idade gestacional, é importante administrar 3 doses (0, 1 e 6 meses), considerando o histórico de vacinação anterior. Caso não seja possível completar o esquema vacinal durante a gestação, a mulher deverá concluir após o parto. 
A hepatite B é uma doença causada por vírus e que pode ser transmitida da mulher para o bebê durante a gravidez, no momento do parto ou, até mesmo, durante a amamentação, a criança ingerir pequenas quantidades de sangue, em casos de fissuras nos mamilos da mãe. Ao longo da gestação, esta infecção aumenta o risco de parto prematuro.

 

Vacina influenza (gripe)

 

É recomendado administrar a vacina contra a gripe em qualquer idade gestacional para todas as gestantes e mulheres (até 42 dias após o parto), durante a campanha anual de vacinação.
A gestante é grupo de risco para as complicações da infecção pelo vírus influenza. A vacina está recomendada nos meses da sazonalidade do vírus, mesmo no primeiro trimestre de gravidez. Durante a gestação, as chances de sintomas graves e complicações são maiores, com alto índice de hospitalização.

 

Vacina Covid-19

 

Protege a mulher contra o vírus causador da Covid-19. É recomendada a aplicação dessa vacina em qualquer idade gestacional para todas as gestantes e mulheres no puerpério (até 42 dias após o parto).

 

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Fonte: Brasil 61

Imagem: Myke Sena/MS

Edição: Site TV Assembleia