Vacina da Pfizer tem eficácia de 81% para doença perigosa em bebês

por Antônio Luiz Moreira Bezerra publicado 03/11/2022 14h00, última modificação 03/11/2022 14h09
Se aprovado, será primeiro imunizante aplicado em gestantes para proteção contra o vírus sincicial respiratório, causador da bronquiolite

Uma candidata a vacina da farmacêutica Pfizer contra o vírus sincicial respiratório (VSR), causador da bronquiolite, demonstrou eficácia de 81,8% contra a grave doença do trato respiratório inferior que é potencialmente fatal para bebês. Segundo a empresa, o ensaio clínico de fase 3 ofereceu a proteção deste o nascimento até os primeiros três meses de vida. Nos primeiros seis meses, a eficácia foi de 69,4%. Se aprovado, erá primeiro imunizante aplicado em gestantes para proteção da doença em recém-nascidos. A meta da farmacêutica é pedir autorização para uso ainda neste ano.

 

A Pfizer informou que a vacina foi bem tolerada pelas voluntárias e não ocorreram problemas de segurança com as vacinadas nem com os bebês.

 

“Estamos entusiasmados com esses dados, pois esta é a primeira vacina experimental demonstrada para ajudar a proteger os recém-nascidos contra doenças respiratórias graves relacionadas ao VSR imediatamente no nascimento”, disse, em comunicado, Annaliesa Anderson,vice-presidente sênior e diretora científica de Pesquisa e Desenvolvimento de Vacinas da Pfizer.

 

O ensaio, duplo-cego e randomizado, foi realizado com 7.400 grávidas de 18 países com idade inferior ou igual a 49 anos que receberam uma dose da vacina ou placebo do final do segundo ao terceiro trimestre de gestação. O estudo teve início em junho de 2020 e os achados ainda serão revisados por pares.

 

O vírus sincicial respiratório é contagioso e pode afetar pulmões e vias respiratórias. Embora seja comum, ele é especialmente perigoso para bebês, idosos e pessoas com fragilidades no trato respiratório. De acordo com a Pfizer, o vírus é responsável pela morte de 102 mil crianças por ano, metade delas com menos de 6 meses de vida e a maioria em países em desenvolvimento.

 

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Fonte: Veja

Imagem: iStock/Getty Images

Edição: Site TV Assembleia