Uso de Internet cresce no Piauí após pandemia, aponta IBGE

por Antônio Luiz Moreira Bezerra publicado 17/09/2022 08h00, última modificação 16/09/2022 17h08
O estado tem também o 4º menor índice de pessoas com posse de celular

A internet foi utilizada em 68,8% dos domicílios piauienses em 2019, índice que chegou a 81,2% em 2021. Os valores indicam que 695 mil residências usaram internet em 2019 e 833 mil em 2021. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), obtido por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua). Isso significa que o crescimento no uso de internet foi de 12,4 pontos percentuais no período, o maior já registrado desde 2016.



Pouco mais da metade dos lares piauienses haviam registrado utilização da internet em 2016 (54,2%). No ano seguinte, 2017, o índice cresceu 4,6 pontos percentuais e chegou a 58,8% dos domicílios. Entre 2017 e 2018, o aumento foi de 4,1 pontos percentuais e a proporção atingiu 62,9%. Em 2018, cerca de 68,8% das residências do estado usaram internet, crescimento de 5,9 pontos percentuais em relação ao ano anterior.

 


Ainda conforme a pesquisa, o aumento de 12,4 pontos percentuais foi o segundo maior do país, atrás apenas do Maranhão (13,7). No Brasil, houve crescimento de apenas 6 pontos percentuais. No entanto, o país atingiu a marca de 90% dos domicílios com utilização de internet em 2021, proporção que foi de apenas 81,2% no Piauí.


Em todo o país, o Piauí foi o estado com menor proporção de lares que utilizaram a internet em 2021. O Distrito Federal registrou o maior índice (97,7%) em 2021, com o uso da rede em quase todos os domicílios.


As informações estão no módulo “Acesso à internet e à televisão e posse de telefone móvel de uso pessoal”, da PNAD Contínua. Devido ao início da pandemia e a necessidade de alteração da modalidade de coleta presencial para a coleta remota, não foi possível investigar o tema em 2020.


Motivos de não utilização da internet



Nos domicílios piauienses em que não houve utilização da internet em 2021, o principal motivo apontado foi que o serviço era caro. Essa foi a justificativa em 29,9% dos lares em que a rede não foi usada, conforme a pesquisa. Em 26,3% das residências, a razão foi que nenhum morador sabia usar a internet. Falta de interesse em usar o serviço foi informada em 22,2%, a falta de disponibilidade da rede na região foi o motivo de 7,8% e outros motivos foram a causa em 7,6% dos lares. E, ainda, 6,2% apontaram que o equipamento necessário para usar a internet era caro.



Acesso à rede móvel



O Piauí tem a quarta maior proporção do país de domicílios sem acesso à rede móvel celular para telefonia ou internet. Em 2021, o serviço de rede móvel celular ainda não funcionava em 15,2% dos lares piauienses. Apenas Alagoas (15,9%), Pará (16,1%) e Maranhão (19,3%) registraram índices superiores. A menor proporção é do Distrito Federal, onde somente 2,6% das residências não tinham acesso à rede móvel celular em 2021.



Cai a proporção de domicílios com televisão


De 2019 a 2021, houve redução no índice de domicílios que possuíam televisão. A queda foi observada no Piauí e em todo o Brasil. É o que mostra a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Conforme o levantamento, caiu de 96,2% em 2019 para 95,5% a proporção de residências com existência de aparelho de televisão no Brasil. No Piauí, diminuiu de 94,4% em 2019 para 92,2% em 2021.

 

A pesquisa também mostra a evolução da posse de televisão por tipo, indicando o aumento da presença de TVs de tela fina em detrimento das TVs de tubo. Em 2016, predominavam os aparelhos de tubo no Piauí, presentes em 55,9% dos lares com TV. Já as TVs de tela fina (LED, LCD ou plasma) existiam em apenas 35,7% das casas com TV. No decorrer do tempo, a situação se inverteu: em 2021, as televisões de tubo estavam em 25,9% das residências com TV, enquanto as de tela fina já alcançavam 68,9% dos domicílios piauienses que tinham algum aparelho de televisão.

 

 No Brasil, as televisões de tela fina já eram predominantes em 2016, estando presentes em 54,2% das residências com TV. No mesmo ano, os aparelhos de tubo continuavam existindo em 32,9% dos lares brasileiros com TV. Ao longo dos anos, a diferença apenas se ampliou: 84,2% dos domicílios com TV tinham do tipo tela fina em 2021 e apenas 11,9% possuíam televisão de tubo.

 

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Fonte: IBGE

Imagem: Reprodução

Edição: Site TV Assembleia