Titulação de territórios tradicionais no Piauí se transforma em referência nacional

por Antônio Luiz Moreira Bezerra publicado 24/07/2024 09h54, última modificação 24/07/2024 09h54
O diretor-geral do Interpi participa de entrevista no Bom Dia Assembleia e explica sobre o processo.

O Instituto de Terras do Piauí (Interpi) celebrou uma importante conquista quando, em 13 meses, aumentou, acima do dobro, o número de territórios tradicionais titulados. Até 2022, o Piauí contava com 15 territórios titulados. Agora, em julho de 2024, são 34 territórios regularizados, abrangendo comunidades quilombolas, quebradeiras de coco, ribeirinhos e brejeiros em todo o estado. Esse trabalho é agora referência nacional.

 

O diretor-geral do Interpi, Rodrigo Cavalcante, destacou o impacto dessa expansão e a relevância da titulação para as comunidades envolvidas ao participar, nesta quarta-feira, 24 de julho, de entrevista a Juliana Arêa Leão no Jornal Bom Dia Assembleia. "A política de regularização fundiária é importante não somente do ponto de vista social, mas também de reparação histórica e do ponto de vista do desenvolvimento econômico e de identificação territorial, já que assim o governo conhece melhor as ocupações do território e como resolver os problemas dessa sociedade", disse.

 

Segundo o gestor, no tocante aos territórios dos povos tradicionais, uma determinação do governador Rafael Fonteles, é uma política que dá luz a essas pessoas, já que vivem em uma situação, há séculos, meio que invisíveis. "Ganham visibilidade ao se identificar essas comunidades e dá esse direito fundamental da própria localidade em que vivem, além de garantir mais dignidade e segurança jurídica. Para identificar essas comunidades, pressupõe um estudo antropológico prévio e uma equipe de intérpretes, de assistentes sociais, antropólogos vai a essa comunidade e se ela manifesta interesse e se reconhece como tradicional."

 

Assista à entrevista na íntegra


 

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Fonte: TV Assembleia/Interpi

Edição: Site TV Assembleia