SUS realiza no Piauí 75% do atendimento primário à saúde infantil

por Antônio Luiz Moreira Bezerra publicado 22/12/2022 08h15, última modificação 21/12/2022 21h18
Os responsáveis pelas crianças atribuíram uma nota de 0 a 10 para os atendimentos recebidos

No Piauí, o atendimento primário à saúde infantil é realizado em sua maioria (74,5%) em unidades do Sistema Único de Saúde (SUS), sendo o lugar mais procurado as Unidades Básicas de Saúde – UBS ou Unidades de Saúde da Família – USF, em 53% dos casos, bem como as Unidades de Pronto Atendimento – UPA ou outros tipos de pronto atendimento público 24 horas (pronto-socorro/emergência ou ambulatório de hospital público ou ligado às forças armadas) em 21,5% dos casos. O atendimento realizado nos consultórios particulares, clínicas privadas, ambulatório, pronto atendimento ou emergência de hospitais privados ocorre em 23,3% dos casos.

 

A atenção primária à saúde infantil pelo SUS no Piauí ficou 8,6 pontos percentuais acima da média verificada para o Brasil, que foi de 66,4%. As unidades da federação onde a busca pelo serviço médico do SUS é menor são: Distrito Federal (56,2%) e Rio de Janeiro (56,7%). Por sua vez, as unidades da federação onde o atendimento pelo SUS é maior são: Amapá (88,8%) e Roraima (86,6%).

 

Os responsáveis pelas crianças atribuíram uma nota de 0 a 10 para os atendimentos recebidos, os quais incluíam o acesso a qualquer profissional de saúde para realização de consultas, exames, vacinação, nebulização, dentre outros atendimentos. E o SUS teve uma avaliação bastante positiva no Piauí. As notas de 0 a 6 ficaram com 16,3%, já as avaliações de 7 e 8 obtiveram 31%, por fim as notas de 9 a 10 superaram a média de avaliação nacional, 52,7% no Piauí e 47,6% no Brasil.

 

O motivo para a atribuição das notas também foi verificado e 39,9% dos responsáveis pelas crianças no Piauí disseram que o fator decisivo para a boa avaliação foi o acolhimento, a forma como foram recebidos na unidade de saúde. O segundo motivo foi relacionado à equipe (30%), sobre como atuaram os profissionais da unidade de saúde na resolução do problema da criança. E, por último, relacionado à agilidade (24,4%), ou seja, a rapidez ou demora no atendimento.

 

A pesquisa investigou o cuidado prestado pelo médico da Unidade Básica de Saúde ou Unidade de Saúde da Família. Cerca de 75% das crianças do Brasil (28,4 milhões) realizaram uma consulta médica nos últimos 12 meses anteriores à data da entrevista, sendo essa proporção menor na Região Norte (66,6%) e na Região Nordeste (71,8%).

 

Segundo a PNAD Contínua, em 2022, do total de 28,4 milhões de crianças que realizaram consulta médica em unidades de Atenção Primária à Saúde no SUS nos últimos 12 meses, 11,1 milhões (39,0%) realizaram pelo menos uma segunda consulta médica com o mesmo profissional. A partir desse dado, é possível afirmar que seus cuidadores já tinham familiaridade com o serviço de saúde prestado naquela determinada unidade de saúde, sendo assim capazes de avaliar os atributos da Atenção Primária à Saúde com certa razoabilidade.

 

Piauí tem um dos menores índices do país na realização de exames médicos de rotina para crianças

 

A realização de exames médicos de rotina para as crianças menores de 13 anos de idade (revisão, check-up, acompanhamento do crescimento e desenvolvimento), como atividade proativa em saúde, esteve presente em 39,1% dos atendimentos realizados no país. Contudo, no Piauí, esse indicador foi apenas de 28%, inferior à média dos estados da região Nordeste, que foi de 36,4%, e o quarto menor do país, só superando os estados do Ceará (26,5%), Paraíba (24,8%) e Rio Grande do Norte (24,1%). Os estados com maiores indicadores, inclusive bem superiores à média do país, foram: Amazonas (53,3%), Roraima (48,1%) e Rio de Janeiro (47,7%). São informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do IBGE, realizada no segundo trimestre de 2022.

 

Os exames médicos de saúde para as crianças no Piauí foram buscados de forma mais reativa, após o aparecimento de sintomas de adoecimento ou da ocorrência de lesão (febre, diarreia, vômito ou outros problemas gastrointestinais; acidentes, fratura, lesão, machucado; alergias e outros) o que ocorreu em 43,5% dos atendimentos médicos no estado, o terceiro maior indicador do país, só ficando atrás dos estados do Tocantins (44,6%) e do Maranhão (44,1%). Os menores indicadores ficaram com os estados do Amapá (23,4%) e Roraima (22,28%).

 

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Fonte: IBGE

Imagem: FMS

Edição: Site TV Assembleia