SUS: fila para cirurgias eletivas é de quase 1 milhão de pacientes

por Antônio Luiz Moreira Bezerra publicado 24/05/2023 13h10, última modificação 24/05/2023 12h52
Governo busca acelerar atendimentos e destina recursos aos municípios após priorizar casos de Covid e emergências nos últimos anos

No Brasil, pacientes que necessitam de cirurgias eletivas enfrentam uma longa espera para serem atendidos na rede pública de saúde. De acordo com informações divulgadas, o Sistema Único de Saúde (SUS) possui atualmente quase 1 milhão de indivíduos aguardando por esse tipo de procedimento. Essas cirurgias, agendadas e com menor urgência, estiveram suspensas em todo o país nos últimos anos, para que hospitais pudessem dar prioridade aos casos de emergência e pacientes com sintomas graves de Covid, aumentando a fila ao longo do tempo.

 

No total, 924.835 pessoas aguardam uma cirurgia eletiva no Brasil. Goiás lidera a lista de estados com o maior número de pacientes na fila, registrando 125.894 casos, seguido por Rio Grande do Sul, com 108.066 e Pernambuco, com 103.955.

 

Para tentar agilizar os atendimentos, o Ministério da Saúde está destinando R$ 600 milhões aos municípios. Até o momento, 23 estados e o Distrito Federal tiveram seus planos aprovados pelo ministério para receber a verba, ainda insuficiente para solucionar completamente o problema.

 

Governo anuncia repasses

 

Mais de 360 mil cirurgias devem ser feitas em 23 estados e no Distrito Federal, em 2023, com os recursos disponibilizados pelo Ministério da Saúde para redução de filas de espera no Sistema Único de Saúde (SUS). No total, serão repassados R$ 137 milhões para as unidades da Federação que já aderiram ao Programa Nacional de Redução das Filas, cujo investimento total ao longo do ano será de R$ 600 milhões.

 

Cada estado estabeleceu as cirurgias prioritárias, de acordo com a realidade local. Entre os procedimentos mais listados pelas unidades federativas, estão cirurgia de catarata, retirada da vesícula biliar, laqueadura, cirurgia de hérnia, vasectomia e retirada do útero.

 

A fila de cirurgias eletivas do sistema público de saúde, entre os estados que já aderiram ao programa, chega a 924 mil procedimentos.

 

O programa do governo federal também prevê estratégias para garantir equipes cirúrgicas mais completas e melhorar o fluxo de atendimento em todo o Brasil.

 

Como funciona 

 

O Plano Estadual de Redução das Filas deve ser elaborado pelos estados, por meio do formulário eletrônico disponível no Sistema de Apoio à Implementação de Políticas em Saúde (SAIPS) e enviado ao Ministério da Saúde para análise e aprovação.

 

O estado, em comum acordo com os municípios, deverá redigir o plano conforme a realidade local, além de considerar a diversidade das necessidades de acesso da população. Quando o plano estadual for aprovado e a portaria for publicada no Diário Oficial da União, o repasse será liberado com o valor previsto para estados e municípios.

 

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Fontes: Estado de Minas/Agência Brasil

Imagem: Foto de JAFAR AHMED na Unsplash

Edição: Site TV Assembleia