SUS: estudo avalia uso de cateter e outros dispositivos em UTIs

por Antônio Luiz Moreira Bezerra publicado 17/05/2023 07h00, última modificação 16/05/2023 14h42
Ao todo, 500 pacientes adultos, de 30 UTIs de todo o Brasil, serão acompanhados durante a internação

Está em andamento em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) de hospitais públicos e filantrópicos de todo o Brasil um novo estudo para avaliar a incidência e o perfil dos pacientes acometidos por infecções do sistema nervoso central (SNC) e que precisam usar cateter e/ou dispositivos de monitoramento da pressão intracraniana invasiva. A iniciativa, chamada de Infecção SNC, faz parte da plataforma colaborativa de pesquisa Impacto MR, por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS), do Ministério da Saúde, e é conduzida pela Beneficência Portuguesa de São Paulo.

 

Ao todo, 500 pacientes adultos, de 30 UTIs de todo o Brasil, serão acompanhados durante a internação com o objetivo de identificar as características das infecções relacionadas a esses dispositivos.

 

Ao integrarem ao estudo – chamado de Infecção SNC –, os participantes são divididos em dois grupos de monitoramento diferentes, de acordo com o tipo de dispositivo utilizado, cateter ou outro. Além disso, após seis meses de alta, serão contatados via telefone para continuidade do tratamento.

 

Para garantir a prática do cuidado, os profissionais dos hospitais participantes recebem um Manual Operacional, documento desenvolvido pelos técnicos do PROADI-SUS para leitura dos prontuários de maneira mais adequada, dando subsídio às decisões médicas para o tratamento e avaliação contínua, baseada em metodologias como a da Escala de Rankin, que avalia o nível de incapacidade funcional ou dependência desses pacientes.

 

Os fatores de risco

 

“A melhor compreensão dos fatores de risco que levam às infecções é uma demanda urgente em todos os países do mundo e, a partir desse projeto, não só o SUS, mas toda a comunidade médica e científica internacional irá se beneficiar. Após concluído, vamos ter uma maior clareza sobre os cenários mais propícios para a contaminação e, dessa forma, agir mais assertivamente no cuidado dessas pessoas para salvarmos cada vez mais vidas”, explica Juliana Chaves Coelho, coordenadora da iniciativa.

 

Estudo pioneiro

 

O estudo é pioneiro e tem previsão de conclusão para dezembro de 2023. Após o seu encerramento, os resultados serão submetidos ao Ministério da Saúde para embasamento de políticas públicas, bem como para fazer uma estimativa de custos do tratamento no SUS.

 

Texto original Estado de Minas

 

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Fonte: Estado de Minas

Imagem: Reprodução Internet

Edição: Site TV Assembleia