Saiba sobre hábitos que estão prejudicando a audição

por Antônio Luiz Moreira Bezerra publicado 25/06/2024 15h01, última modificação 25/06/2024 15h01
Reportagem da TV Assembleia entrevista público e especialista no tema.

A TV Assembleia do Piauí produziu reportagem sobre hábitos que estão, cada vez, prejudicando nossa audição. Fones de ouvidos aliados ao alto volume de som em uso prolongado, por exemplo, estão deixando as pessoas com deficiência auditiva. A reportagem ouviu o otorrinolaringolista Vítor Campelo sobre esse assunto. A reportagem você acompanha no final do texto.

 

Ouvir sons altos por longos períodos de tempo pode resultar em perda auditiva temporária, permanente ou sensação de zumbido no ouvido. Dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que mais de 1 bilhão de pessoas, com idades entre 12 e 35 anos, correm o risco de perder a audição devido à exposição prolongada e excessiva a música alta e outros sons recreativos.

 

O Ministério da Saúde alerta que a perda auditiva pode não ser perceptível inicialmente. Mesmo que nem todos os danos auditivos possam ser evitados, existem algumas atitudes que podem reduzir o risco de desenvolver a perda relacionada à idade e/ou induzida por ruído:

 

1) Evitar barulhos altos: uma das principais causas de perda auditiva é a exposição ao ruído. Esse tipo de complicação ocorre porque as pequenas células ciliadas são danificadas quando um barulho muito alto atinge os ouvidos. Uma vez destruídas, essas células não podem ser substituídas;

2) Usar fones de ouvido com cuidado: aumente o volume apenas até o nível suficiente para ouvir sua música confortavelmente;

3) Manter as orelhas secas: o excesso de umidade nos ouvidos pode facilitar a entrada de bactérias e um possível ataque ao canal auditivo. Consequentemente, podem surgir complicações como infecções que afetam a capacidade de audição;

4) Tratar infecções adequadamente: é importante ficar atento sempre que perceber sinais de gripes, resfriados e dores no ouvido. Nesses casos, deve-se procurar um médico para fazer o tratamento indicado e evitar complicações para sua saúde auditiva;

5) Não usar cotonetes: ao colocar qualquer objeto dentro do canal auditivo, existe risco de danificar partes sensíveis, como o tímpano e causar perda auditiva. Ter um pouco de cera nos ouvidos é totalmente normal e importante para a saúde;

6) Consultar o otorrinolaringologista regularmente: uma das melhores maneiras de evitar a perda auditiva ou pelo menos amenizar os efeitos é com o acompanhamento regular de um profissional.

 

O Sistema Único de Saúde (SUS) oferta o cuidado em saúde auditiva de forma integral e gratuita, com ações que vão desde promoção à saúde e prevenção de perdas de audição, passando por identificação precoce por meio do teste da orelhinha, até o diagnóstico em serviços especializados e reabilitação auditiva (próteses auditivas e terapias especializadas).

 

O atendimento das pessoas com deficiência auditiva se dá nos diferentes pontos de atenção à saúde do SUS que compõem a Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência, envolvendo os seguintes componentes: Atenção Primária; Atenção Especializada (em Reabilitação Auditiva); Atenção Hospitalar de Urgência e Emergência.

 

Atualmente, existem 249 serviços especializados em reabilitação auditiva habilitados que realizam diagnóstico, tratamento, concessão, adaptação e manutenção de tecnologia assistiva no âmbito do SUS por todo o País. Desse total, 125 são habilitados, como os Centros Especializados em Reabilitação (CERs) e 124 serviços correspondem aos Centros de Reabilitação Auditiva na Média e Alta Complexidade.

 

Acompanhe a reportagem da TV Assembleia


 

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Fonte: TV Assembleia

Edição: Site TV Assembleia