Quilombolas entram para a história do Censo Demográfico

por Antônio Luiz Moreira Bezerra publicado 10/10/2022 08h15, última modificação 08/10/2022 19h27
"Fomos esquecidos por séculos", diz moradora de comunidade

Agência Brasil - Em meio a uma densa área de Mata Atlântica, a garoa fina forma uma névoa. A temperatura é consideravelmente mais baixa do que nos bairros edificados do Rio de Janeiro. Ao redor de uma farta mesa de café da manhã enriquecida com produtos locais, as pessoas vão se aproximando. A equipe de recenseadores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) inicia as primeiras entrevistas de uma jornada que iria até o meio da tarde.

 

No almoço, foi servida feijoada completa. Ao fim dos trabalhos, emocionada e com a voz embargada, Eulália Ferreira da Silva leu um texto com agradecimentos e homenagens.

 

Não era um dia qualquer. A visita inédita da equipe do IBGE foi vista como um momento histórico pelos moradores da comunidade quilombola da Pedra Bonita. A reportagem da Agência Brasil, que havia pedido autorização para acompanhar os trabalhos, também foi surpreendida com uma homenagem. Os quilombolas entregaram uma placa na qual agradeceram "pelo nobre trabalho de documentar a realização do primeiro recenseamento da história destas famílias, levando o conhecimento histórico que vincula a memória jornalística e a memória nacional".

 

"Nos dados e registros oficiais, nós não existíamos em mais de 150 anos. Por isso, é uma data tão importante e histórica. Estamos sendo reconhecidos como cidadãos brasileiros", disse Eulália, de 61 anos. "Fomos esquecidos por séculos. Não podem nos tornar invisíveis e esconder uma história que é notória e que a gente tem registro em fotos e documentos antigos."

 

Moradores da comunidade quilombola de Pedra Bonita, no Alto da Boa Vista. Censo demográfico do IBGE identifica pela primeira vez a população e o território das comunidades quilombolas no Brasil.
Comunidade abriga cerca de 50 pessoas que vivem em 20 casas, algumas  muito degradadas - Tânia Rêgo/Agência Brasil

 

A Comunidade Quilombola da Pedra Bonita está encravada em um dos quatro setores do Parque Nacional da Tijuca. Próximo dali, fica a rampa de voo livre, de onde turistas e adeptos de esportes radicais saltam de asa delta ou de parapente para apreciar uma visão única da capital fluminense antes de aterrissar na Praia de São Conrado. Embora esteja territorialmente dentro do Rio de Janeiro, a comunidade nunca havia recebido a visita de recenseadores.

 

O Brasil costuma realizar o Censo Demográfico de dez em dez anos. É a única pesquisa domiciliar que vai a todos os 5.570 municípios do país. O objetivo é oferecer um retrato da população e das condições domiciliares no país. As informações obtidas subsidiam a elaboração de políticas públicas e decisões relacionadas com a alocação de recursos financeiros. O censo, que deveria ter sido realizado em 2020, foi adiado duas vezes: primeiro, causa da pandemia de covid-19 e depois por dificuldades orçamentárias.

 

A operação censitária começou em junho deste ano. Os trabalhos, inicialmente com previsão de conclusão agora em outubro, estão atrasados: com 49% da população coberta, o IBGE agora estima que o censo se estenda até o início de dezembro.



A previsão é visitar 5.972 localidades quilombolas. É a primeira vez que esta população está sendo consultada. Na edição de 2010, o IBGE incluiu o registro de etnias indígenas. 

 

Em todo o estado do Rio de Janeiro, 60 comunidades quilombolas devem receber os recenseadores. Há uma preparação específica para essa tarefa, diz Isabela Nery Lima, economista e analista censitária do IBGE que está encarregada da coordenação de coleta de informações dos povos tradicionais.

 

"Precisamos fazer tudo isso da forma menos invasiva possível. E por isso buscamos os líderes. Eles atuam como parceiros que ajudam a abrir as portas e também nos guiam pelo território para podermos entrevistar todos os moradores." Isabela ressalta que é preciso respeitar a temporalidade dessas comunidades, o que, muitas vezes, exige mais de uma visita. Ela aponta outros empecilhos, como a ausência de moradores na hora da entrevista e a impossibilidade de contatá-los ou a dificuldade para marcar no sistema as moradias situadas em locais onde o sinal de GPS é ruim.

 

Para Isabela, a inclusão dos quilombolas no Censo Demográfico dá ao Brasil a oportunidade de conhecer sua própria diversidade, permitindo o melhor planejamento territorial e a criação de novas políticas públicas. Os dados coletados também subsidiam a elaboração de material didático, inclusive do próprio IBGE por meio do projeto IBGE Educa. "É o reconhecimento de pessoas que precisam fazer parte dos processos sociais, do processo político. É, na verdade, até uma forma de combater o apagamento histórico", afirma a economista. Para ela, as informações coletadas ajudam a revelar as peculiaridades das comunidades e dinâmicas específicas de formação.

 

História

 

A história da comunidade quilombola da Pedra Bonita é um exemplo. Ali começaram a se reunir, a partir da década de 1860, não apenas ex-escravos negros, mas também indígenas e imigrantes portugueses pobres que aderiram à causa abolicionista. Ocupando três sítios, essas pessoas sustentavam-se com produção de hortaliças e frutas e com o cultivo de flores ornamentais. Estima-se que há mais de 2 mil árvores de camélia, flor que foi adotada como símbolo da Confederação Abolicionista, organização política que surgiu no Rio de Janeiro em 1883 e lutou pelo fim da escravidão.

 

Descendente de ex-escravos e de indígenas, Jose Emílio Cordeiro, de 53 anos, é hoje o presidente da Associação da População Tradicional e Quilombola da Pedra Bonita (Aquibonita), fundada pelos moradores da comunidade. Ele conta que seus primeiros parentes, assim como outras famílias, chegaram ao local quando o governo promoveu o reflorestamento da área entre 1860 e 1890.

 

"Muitos vieram trabalhar quase obrigados. Aqui era um local onde eles se escondiam porque todos, de uma certa forma, eram discriminados. E formaram essa comunidade que defende a floresta. Somos preservadores por natureza, não é por modismo. É a nossa origem. Cada plantinha, cada árvore aqui para nós tem a mão dos nossos ancestrais e tem um significado enorme."

 

Jose Emílio destaca os desafios de quem mora no meio da floresta. Uma das dificuldades é o acesso restrito à energia elétrica, o que impede as famílias de ter, por exemplo, uma geladeira. Segundo ele, também é difícil o acesso a serviços públicos de saúde e educação. Durante a pandemia de covid-19, a vacinação de quilombolas foi considerada prioridade pelo Plano Nacional de Imunização (PNI), mas nenhum agente esteve na comunidade da Pedra Bonita, e os moradores precisaram se deslocar até os postos mais próximos nos bairros do Alto da Boa Vista e de São Conrado e foram atendidos conforme o calendário da população em geral.

 

Da mesma forma, as crianças têm dificuldade para chegar à escola, apesar de ter havido melhorias ao longo do tempo. "Eu levava uma hora e meia andando a pé porque não tinha condução. Hoje até tem, mas é muito precária. Também já tem estrada, que não tinha até 20 anos atrás. Algumas famílias têm carro, mas não são todas", diz Jose Emílio.



Em meio à pandemia de covid-19, com a adoção do ensino remoto, as dificuldades aumentaram. Guilherme, filho de Jose Emílio, conta que ia para partes mais altas da Pedra Bonita em busca de sinal de internet para conseguir acesso às aulas pelo celular.

 

Luta

 

O Parque Nacional da Tijuca foi criado em 1961 sem que a regularização fundiária da área ocupada pelas famílias. A comunidade chegou a ser ameaçada de despejo em diferentes momentos e, somente em junho do ano passado, foi reconhecida como remanescente quilombola, recebendo o certificado da Fundação Palmares, vinculada ao Ministério da Cidadania. O processo de titulação da terra tramita no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

 

Eulália Ferreira, que viveu sempre ali, é uma guardiã da história oral da comunidade e conta como seu avô, que veio de Portugal, foi acolhido na área.



"Não tinha dinheiro, estava buscando uma vida nova e um parente dele que já estava aqui. A gente acredita que ele veio na época da Primeira Guerra Mundial. Talvez tenha vindo antes. Tem uma casa que a gente chama de Casa Grande e que hoje está em ruínas. Era o primeiro ponto de apoio para todo mundo que vinha aqui para Pedra Bonita. Ele morou lá, foi um homem sozinho por um tempo porque ainda não tinha dinheiro para trazer a vovó de Portugal", lembra.

 

Segundo Eulália, uma regra adotada pelos moradores era que todos deveriam ser trabalhadores produtivos. No passado, além da floricultura, as famílias se sustentavam com a carvoaria e a criação de animais, o que foi posteriormente proibido pelo poder público com o argumento da preservação ambiental. Ainda há resquícios dos balões de carvão. De acordo com  Jose Emílio, medidas tomadas tornaram a existência da comunidade praticamente inviável. A falta de gado, por exemplo, afetava inclusive a produção agrícola já que não havia adubo.

 

"Muitos foram embora. Então, é uma luta constante para defender uma área cobiçada. Resistimos porque tem, para nós, valor emocional. Mas as pessoas querem tirar dinheiro daqui. Já houve, por exemplo, discussões para fazer um hotel aqui. E alguns ambientalistas são influenciados. Sabemos disso. Então, nos tornamos os guardiões disso aqui". Ele lamenta inclusive episódios envolvendo agentes ambientais e critica a destruição de parte de uma trilha de pedras construída pelos primeiros moradores.

 

"É o próprio Estado agindo contra quem está no lugar e apagando a história. Lógico que os órgãos públicos são todos muito valiosos, e a gente precisa de todos aqui. Estamos muito felizes com a vinda do IBGE. mas também sabemos que as gestões mudam e há sempre influências externas nem sempre interessadas na preservação. Já teve administração do Parque Nacional que nos deu diploma e reconhecia nosso papel de guardião da floresta, mas também já teve gestor dizendo por aí que somos invasores. Sem dúvida, esse meio ambiente preservado se deve às nossas famílias. A gente sabe que tem leis que nos protegem, mas infelizmente precisamos lutar para aplicar e proteger a lei", acrescenta.

 

Eulália Ferreira da Silva, referência religiosa local, no eapaço de culto da comunidade quilombola de Pedra Bonita, no Alto da Boa Vista, região norte do Rio. Censo demográfico do IBGE(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) identifica
Eulália Ferreira da Silva, considerada guardiã da história oral da Comunidade de Pedra Bonita - Tânia Rêgo/Agência Brasil

 

 

Foi sobretudo pelo comércio da flor de camélia que muitas famílias conseguiram se manter ao longo do tempo. Vendiam nos cemitérios ou para comerciantes. Mais tarde, passaram a ser usadas na decoração de festas de casamento e hoje são bastante requisitadas. Além das cameleiras, muitas centenárias, também são exploradas comercialmente outras plantas ornamentais como a flor da pitanga, a areca e a dracena.

 

Os moradores da Comunidade da Pedra Bonita têm ainda uma produção agrícola diversificada que engloba, por exemplo, caqui, laranja e banana, além de hortaliças.



O turismo também gera alguma renda. Em alguns dias da semana, um café da manhã é preparado para montanhistas. Há também uma vendinha no local.



"A trilha da Pedra Bonita existe desde o Império e sempre foi respeitada pelos moradores. O visitante que vem é muito bem acolhido. É uma tradição familiar. A vovó já fazia broa no forno de pedra e servia café para os montanhistas", conta Eulália.

 

Valor sentimental

 

Recenseadores do IBGE percorrem as trilhas da comunidade quilombola de Pedra Bonita, no Alto da Boa Vista. Censo demográfico do IBGE identifica pela primeira vez a população e o território das comunidades quilombolas no Brasil.
Recenseadores do IBGE percorrem trilhas da Comunidade Quilombola de Pedra Bonita  - Tânia Rêgo/Agência Brasil

 

 

Na comunidade quilombola da Pedra Bonita vivem cerca de 50 pessoas em 20 residências, algumas das quais consideravelmente degradadas. Segundo os moradores, agentes de fiscalização ambiental têm impedido reformas. Há ainda pessoas que, embora tenham se mudado e não residam mais na comunidade, mantêm os vínculos e também poderão ser recenseados como quilombolas.

 

"As pessoas não perdem a identidade porque saíram do território. Os quilombolas sofrem várias pressões políticas, sociais e econômicas que influenciam os deslocamentos. Então precisamos compreender que os quilombolas são plurais na sua organização e no encaminhamento de suas vidas", diz Diego da Silva Grava, coordenador censitário do IBGE na área que engloba os bairros Lagoa, Jardim Botânico, Leblon e São Conrado, nos quais existem três comunidades quilombolas, incluindo a da Pedra Bonita.

 

Jose Emilio diz que o vínculo com a comunidade se reforça pelo valor sentimental e que os dados coletados pelo censo poderão ajudar a entendê-lo. "É uma vitória para todos os quilombos, mas, especificamente para nós, é uma grande vitória tendo em vista as ameaças externas que sofremos. Precisamos da ajuda do poder público. E o IBGE nos ajuda a mostrar essa terra, não pelo seu valor comercial, mas pelo valor sentimental. É a história dos nossos ancestrais e a história de toda essa vegetação."

 

Para ele, a existência da comunidade tem sido "invisibilizada". Ele manifesta incômodo com a ação de alguns guias turísticos que vendem trilhas que passam pelos caminhos de pedra construídos pelos seus ancestrais. "São muito bem acolhidos, mas eles informam nos sites que são trilhas que eram usadas por antigos moradores para levar benfeitorias até as feiras livres e os armazéns. Eles usam a nossa história para ganhar dinheiro e não dizem que nós estamos vivos. Eu andei muito de burrico nessas trilhas com meu pai. A estrada só foi construída em 1972", recorda.

 

Censo Demográfico chega aos quilombos do Piauí

  

A cerca de um quilômetro da rodovia BR-343, na zona rural do município de Amarante (PI), está localizado o Quilombo Mimbó. A comunidade, que possui 203 anos de existência, foi escolhida para sediar o evento que marca o início da coleta do Censo Demográfico entre os quilombolas do Piauí.

 

A mobilização ocorre nesta quarta-feira (17), no Clube J. Show, localizado no Mimbó. O evento conta com a presença de representantes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), da Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos (Conaq) e dos moradores e lideranças locais.

 

O Mimbó é formado por casas simples, distribuídas em apenas cinco ruas, sendo que a principal e mais extensa é onde se localizam a maioria das residências. A comunidade possui uma escola – que atende crianças até o 5º ano do Ensino Fundamental – e um posto de saúde em funcionamento. Os moradores têm acesso à energia elétrica, água e internet.

 

Mas o acesso ao mínimo foi conquistado com muito esforço. Após 153 anos da abolição da escravatura no Brasil, os descendentes de escravizados ainda relatam ter de enfrentar preconceito para conseguir acesso aos direitos básicos garantidos na Constituição.

 

“Ainda temos muita dificuldade com relação à escola, porque precisávamos que os professores viessem de Amarante para dar aulas aqui e muitos não queriam vir”, conta a liderança local, dona Idelzuíta Paixão. Conforme ela, isso ocorria por conta do preconceito. “Até que nos revoltamos porque os professores não queriam vir pra nossa comunidade, porque é uma comunidade de preto”, ressalta.

 

O fruto dessa revolta foi a luta por ingresso no Ensino Superior. “Hoje, quase todo mundo da comunidade está fazendo faculdade, para que não precisemos buscar ninguém lá fora para trabalhar aqui”, celebra dona Idelzuíta. “Queremos professores daqui mesmo, porque assim temos como repassar para as crianças como é a vida e a cultura do povo negro”, justifica.

 

Apesar disso, muitos moradores ainda sobrevivem por meio de trabalhos exaustivos. “O povo aqui trabalha na agricultura, fazendo carvão, na roça, na farinhada. É uma vida muito difícil, mas a gente resolve”, comenta a liderança local. Para ela, o fundamental é que permaneçam todos unidos.

 

“O povo negro tem uma resistência de sobreviver. A gente vive com fome ou de barriga cheia, com dinheiro ou sem, com saúde ou sem, tendo a permissão de Deus nós permanecemos aqui. Não tem dificuldade que faça a gente sair desse lugar”, enfatiza dona Idelzuíta.

 

Com quase 70 anos de idade, dona Idelzuíta é o próprio símbolo dessa resistência. Debaixo de sol e encarando a poeira, ela mantém o quintal limpo e a casa organizada. Atende a equipe do IBGE e ainda termina a tempo de concluir a preparação do almoço – “tenho um velho que gosta de comer no horário”, brinca.

 

Quem é o “negro do Mimbó”?

 

Descendente direta dos fundadores do Mimbó, dona Idelzuíta conta que seus antepassados chegaram à região fugindo do sistema escravagista ao qual estavam submetidos em Pernambuco. Eram dois casais negros, que decidiram se estabelecer em uma caverna encontrada no local. “Eles passaram mais de 25 anos na caverna. Aí quando eles viram que não seriam mais procurados pelos brancos, fizeram casinhas de palha na beira do riacho Mimbó”, relata.

 

Por muitos anos, a comunidade viveu isolada às margens do Mimbó, mas os moradores sofriam muito com as cheias. Em 1973, decidiram se estabelecer na serra, próxima ao riacho, onde vivem até hoje. A história da comunidade pode ser revisitada no alto do Mirante do Mimbó, de onde é possível enxergar o riacho e a antiga localização do quilombo.

 

Em 2022, pela primeira vez, o recenseamento possibilitará a autoidentificação como quilombola. Com isso, será possível conhecer em detalhe as condições atuais de vida dessa população e identificar aspectos que precisam melhorar em cada comunidade. “O Censo vai trazer uma realidade ainda desconhecida de muitos brasileiros”, comenta a responsável técnica pelo projeto de povos e comunidades tradicionais do IBGE, Marta Antunes.

 

Conforme moradores de Amarante, a expressão “negro do Mimbó” foi usada por muito tempo de forma pejorativa – evidenciando o preconceito encarado pelos quilombolas da região. Com os dados do Censo Demográfico, será possível retratar quem é o “negro do Mimbó” de fato, ajudando a mostrar que não há motivo para usar o termo de forma ofensiva.

 

Para dona Idelzuíta, o recenseamento com a possibilidade de autoidentifcação quilombola “é uma novidade muito boa, que a gente não esperava. Cada vez mais, coisas melhores estão entrando na nossa comunidade e a gente se orgulha disso”, destaca.

 

Só no Piauí, foram identificados pelo IBGE 215 localidades quilombolas, incluindo territórios oficialmente delimitados ou não, distribuídas em 73 municípios. Em todo o país, são 5.972 localidades, em 1.672 municípios de 24 estados e do Distrito Federal.

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Fonte: Agência Brasil

Imagem: Tânia Rego/ABra

Edição: Site TV Assembleia