Plano Real completa 30 anos e economista fala sobre essa medida econômica
O professor de economia Sebastião Rocha participou de entrevista a Juliana Arêa Leão no Jornal Bom Dia Assembleia desta quarta-feira, 3, e falou sobre o Plano Real, que completa completa 30 anos neste mês de julho.
O economista comenta sobre planos anteriores ao real que deram certo para o controle da economia e da inflação. Com a ascensão de Itamar Franco poder central, Fernando Henrique Cardoso assumiu o Ministério da Fazenda. Daí, começou a ser elaborado o Plano Real, com a participação de vários economistas, resultado de um espécie de pacto político e econômico que resultou no controle econômico.
*Assista à entrevista completa no final deste texto.
Real é um dos planos mais inovadores da economia mundial. Há exatamente três décadas, o cruzeiro real, uma moeda corroída pela hiperinflação, dava lugar ao real, que estabilizou a economia brasileira. Uma aposta arriscada que envolveu uma espécie de engenharia social para desindexar a inflação após sucessivos planos econômicos fracassados.
Em meio a tantos indexadores criados para corrigir preços e salários, a equipe econômica do então governo Itamar Franco criou um superindexador: a Unidade Real de Valor (URV). Por três meses, todos os preços e salários foram discriminados em cruzeiros reais e em URV, cuja cotação variava diariamente e era mais ou menos atrelada ao dólar. Até o dia da criação do real, em que R$ 1 valia 1 URV, que, por sua vez, valia 2.750 cruzeiros reais.
O sucesso do Plano Real, no entanto, não se deve apenas à URV. Num momento raro de consenso político e de cansaço com a hiperinflação, o Congresso Nacional foi importante para aprovar medidas que saneavam as contas públicas. Uma delas, a criação do Fundo Social de Emergência, que desvinculou parte das receitas do governo e flexibilizou a execução do Orçamento ainda no segundo semestre de 1993.
*Veja aqui entrevista completa com o economista Sebastião Rocha
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Fonte: TV Assembleia/Com informações da Agência Brasil - Imagem: