Pix: Novas medidas trazem mais segurança e impactos econômicos positivos
Desde o início de novembro, o sistema de pagamento instantâneo Pix, amplamente utilizado no Brasil desde seu lançamento em 2020, passou por mudanças importantes que visam fortalecer a segurança dos usuários. Essas mudanças, a partir do dia 1º de novembro, foram projetadas para reduzir os riscos de fraudes — problemas que vêm se tornando comuns, principalmente por meio de golpes aplicados por aplicativos de mensagens e redes sociais.
Em entrevista ao Bom Dia Assembleia desta quarta-feira, 6, o economista Helton Canguçu explicou que entre as novas regras, destaca-se o limite de transação para novos dispositivos: as transferências realizadas em um aparelho recém-cadastrado, que ainda não tenha sido registrado pelo usuário junto ao banco, serão limitadas a R$ 200 por transação, com um teto diário de R$ 1.000. Essa medida, segundo o especialista, oferece uma camada adicional de proteção, especialmente para aqueles que adquiriram novos aparelhos e ainda não fizeram o cadastro do dispositivo na instituição financeira. Usuários antigos, que já realizam operações com o Pix em aparelhos conhecidos, não serão impactados por esses limites, mantendo a flexibilidade para transações de valores maiores.
Além disso, de acordo com o economista, as instituições financeiras terão a responsabilidade de monitorar as contas para identificar movimentações suspeitas e manter os clientes informados sobre práticas de segurança. A cada seis meses, será realizada uma verificação das contas dos clientes, focando na identificação de contas fantasmas ou movimentações suspeitas, em uma tentativa de combate a crimes financeiros.
Para Helton Canguçu, o impacto do Pix na economia brasileira é significativo e positivo. Segundo ele, desde seu lançamento, a ferramenta não só aumentou a conveniência e a velocidade das transações, mas também fomentou o crescimento econômico ao superar transações realizadas com cartões de crédito, débito e TED. Em 2022, o uso do Pix registrou um crescimento de 75% em relação ao ano anterior, um indicativo claro de sua popularidade. Com o sucesso do sistema, o Banco Central já estuda novas funcionalidades para tornar o uso do Pix ainda mais intuitivo, permitindo que os usuários façam pagamentos sem precisar abrir o aplicativo bancário, o que deve ser implementado em breve.
Confira a entrevista completa
Fonte: TV Assembleia - Foto: Marcello Casal