Piauí tem a segunda menor taxa de desocupação do Nordeste

por Antônio Luiz Moreira Bezerra publicado 20/11/2022 08h05, última modificação 18/11/2022 09h12
A taxa média de desemprego da região Nordeste ficou em 12%, cerca de 2,8 pontos percentuais acima da registrada para o Piauí (9,2%)

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou a taxa de desocupação para o terceiro trimestre de 2022, e o Piauí manteve-se praticamente estável em relação ao trimestre anterior, apresentando uma taxa de desocupação de 9,2%, a segunda menor da região Nordeste, ficando acima apenas do estado do Ceará (8,6%). Essas informações constam da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PNAD Contínua) do IBGE.


A taxa média de desemprego da região Nordeste ficou em 12%, cerca de 2,8 pontos percentuais acima da registrada para o Piauí (9,2%). O estado da região com a maior taxa de desocupação foi a Bahia, com 15,1%. No Piauí estavam desocupadas cerca de 133 mil pessoas no terceiro trimestre deste ano.


Nesse mesmo período o Brasil viu cair a taxa de desocupação de 9,3%, no segundo trimestre, para 8,7%, no terceiro trimestre. A quantidade de pessoas desocupadas no país ficou em 9,46 milhões, o que representou queda na desocupação de cerca de 620 mil pessoas em relação ao trimestre anterior.

 


Cresce o número de empreendedores no Piauí



No terceiro trimestre do ano, o Piauí tinha cerca de 64 mil pessoas no segmento da ocupação classificado como “empregador”, um crescimento da ordem de 56,7% em relação ao trimestre anterior, quando haviam 41 mil pessoas. O aumento de indivíduos nessa classificação indica que está crescendo o potencial de contratação de pessoas no estado. São informações divulgadas pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do IBGE.



O número de pessoas ocupadas como empregador no terceiro trimestre de 2022 já supera o registrado no período pré-pandemia, quando haviam no estado cerca de 48 mil pessoas, no primeiro trimestre de 2020.


Outro dado positivo diz respeito à formalização das empresas, pois dos 64 mil empregadores no Piauí, no terceiro trimestre de 2022, cerca de 44 mil (67%) tinham registro no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), enquanto 20 mil não o tinham (33%).



O percentual de formalização de empresas do Piauí é o mesmo apresentado pela média da região Nordeste, contudo inferior à média observada para o Brasil, que chega a 81,4%. Na região Nordeste o estado com o maior índice de formalização das empresas é o Rio Grande do Norte, com 76,2%, seguido de Alagoas, com 72%. O Piauí está na 5a. colocação em termos de formalização de empresas na região Nordeste.



Piauí detém o maior indicador de subocupação do país



Apesar da redução nos níveis de desocupação verificado nos últimos trimestres no Piauí, ainda segue alta a taxa composta de subocupação do estado, sendo a maior registrada dentre as unidades da federação. É o que aponta a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do IBGE.



A taxa composta de subocupação é o somatório da taxa de desocupação (desemprego), da taxa de pessoas subocupadas por insuficiência de horas (que trabalham menos de 40 horas semanais e que teriam disponibilidade de ocupar mais horas), e da taxa de pessoas na força de trabalho potencial (que gostariam de estar ocupadas, mas algum motivo as impedia de assumir uma vaga de trabalho naquele momento).




No terceiro trimestre deste ano, o Piauí tinha uma taxa composta de subocupação da ordem de 40,6%, o dobro da marca registrada para o Brasil (20,1%), e também superior ao registrado para a média da região Nordeste (31,8%). A unidade da federação com a menor taxa composta de subocupação era Santa Catarina, com 6,8%.



Na série histórica da taxa composta de subocupação do Piauí, a menor verificada foi no 3°Trimestre de 2012, com 28,8%, e a maior foi a registrada no período da pandemia da Covid 19, no 1° Trimestre de 2021, quando chegou a 49,3%.



 

 

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Fonte: IBGE

Imagem: Reprodução

Edição: Site TV Assembleia