Petrobras reduz preço do gás de cozinha em 4,7%

por Antônio Luiz Moreira Bezerra publicado 13/09/2022 08h05, última modificação 12/09/2022 18h18
Valor para distribuidoras passará de R$ 4,23 para R$ 4,03 por quilo

A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (12) uma redução para as distribuidoras de 4,7% no preço médio do GLP (gás liquefeito de petróleo), o gás de cozinha vendido em botijão. A baixa entra em vigor nesta terça (13).

 

Com o corte, o preço para as distribuidoras passará de R$ 4,23 por quilo para R$ 4,03 por quilo, uma queda de R$ 0,20. Assim, o valor médio de um botijão de 13 quilos terá alívio de R$ 2,60 —de R$ 54,94 para R$ 52,34.

 

"Essa redução acompanha a evolução dos preços de referência e é coerente com a prática de preços da Petrobras, que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações e da taxa de câmbio", disse a estatal em nota.

 

A última queda nas refinarias havia entrado em vigor em 9 de abril deste ano. Na ocasião, o preço médio do botijão de 13 quilos recuou de R$ 58,21 para R$ 54,94, de acordo com a Petrobras.

 

Ao longo da pandemia, a carestia do gás de cozinha atingiu em cheio as famílias de renda baixa, já que o produto pesa mais no orçamento dos mais pobres. Com o aumento dos preços, parte dos brasileiros passou a preparar refeições com lenha e até álcool.

 

Em agosto, um botijão de gás de 13 quilos custou, em média, R$ 111,62 para o consumidor brasileiro, conforme dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).

 

A marca equivale a um avanço de 19,5% em relação a igual mês do ano passado (R$ 93,427). Em agosto de 2020, o valor era de R$ 69,981.

 

Pelos dados da inflação oficial do Brasil, o gás de botijão subiu 18,42% em 12 meses até agosto de 2022, conforme o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A variação integra o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).

 

Quando o petróleo subia, a empresa realizava menos reajustes e praticava preços abaixo das cotações internacionais, segurando o repasse às bombas. Com o petróleo caindo, passou a anunciar reduções frequentes e acompanhar o mercado externo mais de perto.

 

Para Eric Gil Dantas, economista do OSP e do Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais, os dados indicam que a execução da política de preços esteve sujeita a pressões políticas durante o ano eleitoral. A Petrobras disse que não há periodicidade definida para os reajustes de diesel e gasolina.

 

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Fonte: Folha de São Paulo

Imagem: Rivaldo Gomes - 10.mar.2022/Folhapress

Edição: Site TV Assembleia