Patrulha Maria da Penha amplia atendimento no combate à violência doméstica no Piauí

por Antônio Luiz Moreira Bezerra publicado 06/01/2025 17h20, última modificação 06/01/2025 17h20
A major Leoneide Rocha, comandante da Patrulha, participa de entrevista no Alepi TV 1

 

Nos últimos anos, o Piauí tem intensificado os esforços para combater a violência doméstica e garantir proteção às mulheres em situação de vulnerabilidade. Em 2024, a Patrulha Maria da Penha, programa da Polícia Militar do Estado, registrou um aumento de 376% no número de atendimentos em Teresina, reflexo direto da descentralização de suas ações e da expansão para o interior do estado.

 

Em entrevista a Shirley Evangelista, no jornal Alepi TV 1ª Edição desta segunda-feira, 6, a Major Leoneide Rocha, comandante da Patrulha, disse que essa descentralização permitiu atender mais de 1.700 mulheres entre junho e outubro do ano passado, com a execução de cerca de 600 medidas protetivas. “Antes, tínhamos recursos limitados, mas a ampliação iniciada em 2023, com o apoio do Comando Geral e do Governo do Estado, trouxe resultados muito positivos, permitindo que mulheres em diversas regiões fossem assistidas”, destacou.

 

Como funciona a Patrulha Maria da Penha


O programa atua a partir de medidas protetivas de urgência concedidas pela Justiça. Após a mulher solicitar a medida em órgãos como delegacias, Ministério Público ou Defensoria Pública, e esta ser deferida pelo juiz, a Patrulha Maria da Penha assume o acompanhamento da vítima. Esse trabalho consiste em visitas periódicas para fiscalizar o cumprimento das determinações judiciais e garantir a segurança da mulher.

 

A violência doméstica, descrita pela Major como um problema complexo, envolve desafios que dificultam a ruptura do ciclo de violência. "Quando a mulher encontra apoio, ela se sente encorajada a buscar ajuda. Nosso trabalho é retirar essas mulheres do anonimato e assegurar que elas tenham condições de romper com a violência", afirmou.

 

Educação como meta para 2025


Em 2025, a Patrulha Maria da Penha planeja levar suas ações educativas para as escolas. A iniciativa busca sensibilizar crianças e adolescentes sobre a violência doméstica e divulgar os canais de apoio disponíveis. Segundo a Major Leoneide, as escolas são ambientes estratégicos para promover a conscientização e prevenir futuros casos de violência.

 

Além disso, o programa continuará utilizando sua estrutura especializada, incluindo viaturas exclusivas para fiscalizações e atendimentos de ocorrências 24 horas, garantindo um suporte qualificado e ágil às vítimas.

 

A importância da ampliação e os desafios futuros


Embora os números mostrem um avanço significativo, a Major alerta para a existência de subnotificações e reforça a necessidade de ampliação dos mecanismos de apoio e conscientização. “A violência sempre existiu em números alarmantes. Hoje, estamos conseguindo trazer essas mulheres à tona, oferecendo a elas a chance de serem atendidas e protegidas”, afirmou.

 

Confira a entrevista na íntegra


 


Fonte: TV Assembleia