Outubro Rosa: campanha é incentivo para mamografia
Estudo publicado recentemente apontou que a campanha de conscientização sobre o câncer de mama Outubro Rosa aumenta o número de mamografias realizadas em outubro e nos dois meses seguintes, no Sistema Único de Saúde (SUS). Os índices de alta são de 33%, 39% e 22%, respectivamente, de acordo com a pesquisa “Does Pink October really impact breast cancer screening?”.
O levantamento ainda aponta valores abaixo da média mensal nos demais meses. Não houve diferença considerando as diferentes regiões do país ou faixa etária. Foram analisados dados de janeiro de 2017 a dezembro de 2021, com comparação estatística dos quatro trimestres do ano.
De acordo com Andrea Cianfarano, radiologista da Clínica Imax, de Curitiba, o diagnóstico precoce aumenta as chances de cura e torna o tratamento menos agressivo. “As campanhas de conscientização são indispensáveis, bem como a realização da mamografia conforme a indicação médica. Fazer os exames periodicamente é a única forma de detectar possíveis nódulos ainda no início, pois eles só se tornam palpáveis quando estão maiores, em casos avançados”, explica.
ESTÁGIO MAIS AVANÇADO
Pesquisa publicada no The British Medical Journal (2020) aponta que o risco de morte aumenta 13% a cada semana de atraso do início do tratamento e um levantamento feito pelo Hospital Erasto Gaertner, de Curitiba, instituição referência no tratamento para câncer no Paraná, mostra que os casos da doença aumentaram em 30% no estado, nos anos de 2021 e 2022. Ainda revela que os tumores têm chegado para tratamento em estágios mais avançados, principalmente de pacientes que têm câncer de mama ou de intestino.
É o caso de Camila Vaticola dos Santos, que conta como o diagnóstico precoce foi primordial para o seu caso. “Foi considerado de alto risco, pois eu descobri o câncer muito cedo, aos 23 anos. Senti um carocinho no banho e no dia seguinte já busquei auxílio médico. Se não tivesse dado bola para aquele carocinho, talvez hoje eu não tivesse mama. Se eu tivesse esperado um ou dois meses para buscar o médico eu poderia ter passado por uma mastectomia, porque aquele carocinho teria crescido e se transformado em um nódulo maior. Hoje, cinco anos depois, estou bem, recebi o presente de ter engravidado e sou mãe”, comemora.
MEDO
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Fonte: Estado de Minas
Imagem: André Kaze/Divulgação