ONU reforça campanha para Eliminar Fístula Obstétrica

por Antônio Luiz Moreira Bezerra publicado 23/05/2023 10h49, última modificação 23/05/2023 10h49
Neste Dia Internacional para Acabar com a Fístula Obstétrica, 23 de maio, ONU ressalta que o problema atinge meio milhão de meninas e mulheres

A fístula obstétrica afeta mulheres durante o parto em países da África Subsaariana, da Ásia, na região dos Estados Árabes, América Latina e Caribe. 

 

Neste Dia Internacional para Acabar com a Fístula Obstétrica, a agência da ONU para saúde sexual e reprodutiva, Unfpa, ressalta que o problema que atinge meio milhão de meninas e mulheres no mundo é inteiramente evitável.  

 

Mulheres marginalizadas e isoladas 

 

Em 2023, o tema é: “20 anos depois, progressos sim, mas ainda insuficientes. Aja agora para eliminar a fístula em 2030”, numa tradução livre. Após duas décadas de campanha, a agência da ONU quer intensificar esforços e ações.

 

A fístula é uma ruptura no canal vaginal geralmente causada por partos demorados ou obstruções na hora de dar à luz, e pela ausência de cuidados médicos. A fistula obstétrica causa incontinência e vazamento das fezes. 

 

Se não for tratada, pode gerar infecção, doença e infertilidade. Muitas mulheres acabam marginalizadas, estigmatizadas e isoladas. 

 

Em alguns casos, trabalhos de parto com obstruções podem levar à morte da mãe ou do bebê. Mulheres com fístula também podem sofrer de problemas de saúde mental devido aos estigmas às quais são sujeitas.  

 

De acordo com o Unfpa, 90% das gravidezes envolvendo fístula resultam em partos com natimortos. A agência da ONU está preocupada com os sistemas de saúde e comunidades que estão falhando no combate à fístula. 

 

Mulheres e meninas carentes 

 

Além disso, a marginalização social e discriminação de gênero também criam riscos. Muitos casos de fistula ocorrem em áreas pobres e com poucos serviços para mulheres e meninas carentes. 

 

O Unfpa sugere três soluções de baixo custo para prevenir a fístula incluindo o acesso a tempo a cuidados obstétricos de qualidade além de atenção aos recém-nascidos, profissionais treinados em trabalho de parteiras e parteiros e o acesso universal a contraceptivos. 

 

A agência da ONU lembra que serviços de saúde podem ajudar a reduzir a fístula ao rastrear a prevalência, corrigir os fossos no cuidado e assegurar o acesso universal à saúde de qualidade. 

 

O Unfpa ressalta que os investimentos e uma liderança ousada política podem ajudar a erradicar a fístula. A agência quer mais apoio para eliminar a fistula até 2030 como parte dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, ODS. 

 

A Campanha Global para Eliminar a Fístula é uma tentativa de transformar a vida das mulheres e meninas vulneráveis. 

 

Cinco coisas que você precisa saber sobre a fístula obstétrica | ONU News 

 

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Fonte: ONU News

Imagem: UN Photo

Edição: Site TV Assembleia