OMS pede ação no Dia Mundial da Segurança do Paciente

por Antônio Luiz Moreira Bezerra publicado 17/09/2023 14h30, última modificação 17/09/2023 11h12
Agência da ONU defende maior colaboração entre países e parceiros

Neste 17 de setembro, a Organização Mundial da Saúde, OMS, marca o Dia Mundial da Segurança do Paciente. 

 

A agência pede solidariedade e ação coordenada, entre países e parceiros, para melhor segurança dos que recebem cuidados.

 

Cuidado seguro, digno e compassivo


Em Genebra, o diretor-geral da agência, Tedros Ghebreyesus, apelou para um maior compromisso entre pacientes, famílias, cuidadores, comunidades, decisores políticos, profissionais e líderes do setor.

 

O chefe da OMS destacou o objetivo de se garantir que cada pessoa tenha o cuidado seguro, digno e compassivo que merece.

 

Foi a Assembleia Mundial de Saúde que adotou a resolução “Ação global sobre a segurança do paciente”. A decisão distingue essa atuação como uma prioridade global de saúde e defende que a data seja celebrada todos os anos.

 

Capacitação de profissionais de saúde e de cuidados


A conferência da OMS sobre o tema, realizada na semana passada na cidade suíça, ressaltou o tema “Envolver os pacientes para a segurança do paciente” para 2023. O convite é no sentido de tornar mais relevante a voz dos pacientes.

 

Pata tal, Tedros Ghebreyesus  citou quatro prioridades. A ênfase está em novos investimentos na formação e na educação para profissionais de saúde e de cuidados para melhor envolver pacientes e famílias.

 

Em segundo lugar, ele pediu a defesa de políticas e estratégias de governos e dos prestadores de cuidados de saúde com foco na segurança e na melhor interação com os que se beneficiam de cuidados. 

 

A terceira recomendação destaca o envolvimento de representantes dos pacientes no desenvolvimento de estratégias, iniciativas e orientações técnicas globais.

 

Um oncologista consulta um paciente com câncer em um hospital em Lyon, França
OMS/Gilles Reboux - Um oncologista consulta um paciente com câncer em um hospital em Lyon, França


Diferenças culturais ou complexidades sistêmicas 


Por último, ele destacou que é preciso ultrapassar as barreiras que impedem o envolvimento dos pacientes, incluindo a língua, as diferenças culturais ou as complexidades sistêmicas.

 

Para um envolvimento eficaz do paciente, o chefe da OMS destacou que além de decisões tomadas como consentimento informado haja uma ação compartilhada com base nas preferências, expectativas e valores.

 

Melhor segurança e qualidade


Ele pediu ainda um maior envolvimento dos pacientes no planeamento, concepção e avaliação dos serviços de saúde, promovendo a educação e o autocuidado, e incorporando informações recebida dos que têm cuidados para melhorar a segurança e a qualidade.

 

Para Tedros, a utilização de tecnologias digitais para capacitar as pessoas a participarem mais ativamente na gestão da sua própria saúde.

 

Em 2023, os países-membros adotaram um Plano de Ação Global para a Segurança dos Pacientes para 2021 a 2030. O plano define a direção estratégica e passos para capacitar os pacientes e as famílias apoiando cuidados mais seguros.

 

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Fonte: ONU News

Imagem: ONU News/David Mottershead

Edição: Site TV Assembleia