Mulheres enfrentam maior endividamento do que os homens, aponta pesquisa
Uma pesquisa recente sobre o endividamento e a inadimplência do consumidor revelou que as mulheres continuam enfrentando mais dificuldades financeiras do que os homens. Em entrevista ao programa Bom Dia Assembleia desta terça-feira, 25, apresentado pela jornalista Juliana Arêa Leão, a consultora financeira Gabriela Moreira destacou que, em 2025, ainda é necessário discutir a desigualdade salarial entre gêneros, um dos fatores que influenciam diretamente no endividamento feminino.
De acordo com Gabriela, muitas mulheres ocupam os mesmos cargos que os homens, mas recebem salários menores. Essa desigualdade impacta diretamente sua capacidade financeira, pois, apesar de terem despesas semelhantes, suas rendas são inferiores. Além disso, muitas mulheres são chefes de família e arcam com os custos da casa e da criação dos filhos sozinhas. "É muito comum vermos mulheres que também ajudam suas mães, irmãos e outros familiares, o que aumenta ainda mais suas responsabilidades financeiras", ressaltou a consultora.
Outro aspecto discutido na entrevista foi a ideia de que mulheres são mais consumistas. Gabriela Moreira explicou que as mulheres são, de fato, mais suscetíveis a estratégias de marketing e publicidade, mas o consumismo feminino não é apenas pessoal. "É comum vermos mulheres querendo presentear mães, irmãos e outras pessoas próximas, o que pode contribuir para um maior endividamento", disse.
Como se organizar financeiramente
Para aquelas que enfrentam dificuldades financeiras, Gabriela sugere algumas estratégias para sair do endividamento. O primeiro passo é fazer um mapeamento detalhado da dívida, entendendo exatamente quanto se deve e para quem. "Sem essa organização, é impossível traçar um plano de ação", alertou.
Outro ponto essencial é elencar prioridades. A consultora recomenda dividir os gastos em duas categorias principais:
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Despesas essenciais: Contas que não podem ser cortadas, como energia, água e plano de saúde. Essas devem ser as primeiras a serem pagas.
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Dívidas mais onerosas: Identificar quais dívidas possuem juros mais altos e focar no pagamento dessas primeiro. "Se você tem um boleto que cobra juros diários e outro que cobra juros mensais, priorize aquele que gera mais custos em menos tempo", orientou Gabriela.
A consultora destacou que, em alguns casos, apenas reduzir despesas não é suficiente, sendo necessário buscar novas fontes de renda para equilibrar as finanças. "Expandir as possibilidades de receita pode ser o caminho para sair do endividamento", afirma.
Confira a entrevista na íntegra
Fonte: TV Assembleia