Mês da conscientização do câncer de mama alerta para prevenção

por Antônio Luiz Moreira Bezerra publicado 24/10/2022 08h15, última modificação 23/10/2022 16h24
Dados da OMS apontam que 2,3 milhões de mulheres foram diagnosticadas com a doença em 2020, com 685 mil mortes em todo o mundo; diagnóstico precoce pode salvar vidas.

Outubro é o mês da conscientização do câncer de mama. A Organização Mundial da Saúde, OMS, publicou uma série de dados e recomendações para prevenção e diagnóstico precoce da doença.

 

Segundo a agência de saúde, o tratamento do câncer de mama pode ser altamente eficaz, principalmente em seus estágios iniciais. O gerenciamento inclui a remoção cirúrgica, radioterapia e medicação.

 

Um total de 2,3 milhões de mulheres


Os dados da OMS apontam que 2,3 milhões de mulheres foram diagnosticadas com câncer de mama em 2020. A doença causou 685 mil mortes em todo o mundo. No mesmo ano, havia 7,8 milhões de mulheres vivendo com câncer de mama nos últimos 5 anos, sendo o tipo da doença mais prevalente do mundo.

 

Os casos estão em todos os países em mulheres em qualquer idade após a puberdade, mas com taxas crescentes na vida adulta.

 

A OMS explica que, ao contrário de alguns cânceres que têm causas relacionadas à infecção, como a infecção pelo HPV e o câncer do colo do útero, não há infecções virais ou bacterianas conhecidas ligadas ao desenvolvimento do câncer de mama.

 

Aproximadamente, metade dos cânceres de mama se desenvolve em mulheres que não têm nenhum fator de risco de câncer de mama identificável além de serem do sexo feminino e com idade superior a 40 anos.

 

Risco aumentado


A OMS explica que certos fatores aumentam o risco de câncer de mama, incluindo idade avançada, obesidade, uso nocivo de álcool, histórico familiar de câncer de mama e reprodutivo, exposição à radiação, tabagismo e terapia hormonal pós-menopausa.

 

De acordo com a agência, escolhas saudáveis, como atividade física, controle do peso e evitar álcool e tabaco, podem reduzir o risco. Ainda assim, a OMS explica que mesmo que todos os fatores sejam controlados, só reduziria o risco de desenvolver câncer de mama em no máximo 30%.

 

O sexo feminino é o fator de risco mais forte para o câncer de mama. Entre os homens, os casos são de apenas de 0,5% a 1%. O tratamento do câncer de mama em homens segue os mesmos princípios de manejo das mulheres.

 

Sintomas e diagnóstico


O câncer de mama geralmente se apresenta como um nódulo indolor ou espessamento na mama. A OMS ressalta que que as mulheres que encontrarem anormalidades devem consultar um profissional de saúde rapidamente, mesmo quando não houver dor.

 

A OMS reforça que procurar atendimento médico ao primeiro sinal de um sintoma potencial permite um tratamento mais bem-sucedido.

 

Geralmente, os sintomas do câncer de mama incluem: um nódulo ou espessamento da mama, alteração no tamanho, forma ou aparência de uma mama, ondulações, vermelhidão, depressões ou outras alterações na pele.

 

Também pode ser observada a mudança na aparência do mamilo ou alteração na pele ao redor do mamilo ou secreção mamilar anormal.

 

Resposta para reduzir casos


A mortalidade por câncer de mama padronizada por idade em países de alta renda caiu 40% entre 1980 e 2020. Os países que conseguiram diminuir a mortalidade chegaram a redução anual de 2% a 4% ao ano.

 

Segundo a OMS, se a redução anual da mortalidade de 2,5% acontecer em todo o mundo, 2,5 milhões de mortes por câncer de mama seriam evitadas entre 2020 e 2040.

 

Para isso, a OMS recomenda três pilares: promoção da saúde para detecção precoce, diagnóstico e gestão abrangente do câncer de mama.

 

A agência de saúde da ONU defende a educação para melhorar a conscientização das mulheres sobre os sinais e sintomas do câncer de mama e esclarecer a importância da detecção e tratamento precoces.

 

Para a OMS, mais mulheres devem consultar seus médicos quando houver suspeita de câncer de mama. O diagnóstico é possível mesmo na ausência de rastreamento mamográfico, que é impraticável em muitos países.

 

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Fonte: ONU News

Imagem: OPS-OMS/Sebastián Oliel

Edição: Site TV Assembleia