Março Amarelo: Conscientização sobre a endometriose
A endometriose é uma doença que afeta de 10 a 15% das mulheres no Brasil, muitas vezes de forma silenciosa e com diagnóstico difícil. Segundo o Ministério da Saúde, uma em cada dez mulheres sofre com os sintomas da condição, o que reforça a importância da campanha Março Amarelo, que busca conscientizar sobre a doença e promover sua prevenção.
Em entrevista a Juliana Arêa Leão no programa Bom Dia Assembleia desta quinta-feira, 13, a médica ginecologista Lia Damásio explicou que a endometriose é uma doença de alta prevalência e que pode se manifestar de forma silenciosa. Além disso, muitas mulheres confundem as dores causadas pela endometriose com cólicas menstruais comuns, o que pode dificultar o diagnóstico.
Cólica menstrual ou endometriose?
A doutora Lia Damásio esclareceu que existem dois tipos de cólica menstrual: a dismenorreia primária, que não está relacionada a doenças e costuma melhorar com o uso de anti-inflamatórios, e a dismenorreia secundária, que pode estar associada a doenças como a endometriose. Quando a dor é intensa, progressiva e incapacitante, deve-se buscar avaliação médica.
Sintomas e Diagnóstico
Os principais sintomas da endometriose incluem:
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Dores menstruais intensas (dismenorreia severa)
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Dor durante a relação sexual (dispareunia de profundidade)
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Dores abdominais fora do período menstrual
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Dificuldade para engravidar
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Alterações urinárias ou intestinais no período menstrual
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Sangramento menstrual intenso
A ginecologista enfatiza que a dor intensa não deve ser normalizada. Mulheres que sofrem com esses sintomas devem procurar um médico para investigação e tratamento adequado.
Endometriose e fertilidade
A endometriose pode afetar a fertilidade, comprometendo a ovulação e a qualidade do endométrio. No entanto, mulheres com a doença podem engravidar por meio de tratamentos clínicos, cirúrgicos ou técnicas de reprodução assistida.
A endometriose tem cura?
Embora seja uma doença crônica e recorrente, a endometriose pode ser controlada. O tratamento pode envolver medicamentos, cirurgias e mudanças no estilo de vida, proporcionando qualidade de vida para as pacientes.
Acompanhe a entrevista na íntegra
Fonte: TV Alepi