IBGE - Taxa de desocupação se mantém estável no Piauí
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta terça-feira (28/02), informações relativas ao mercado de trabalho no país, referentes ao 4o. Trimestre de 2022. O Piauí apresentou uma taxa de desocupação da ordem de 9,5%, o que representa uma estabilidade em relação ao 3o. Trimestre de 2022. Quando se compara a taxa de desocupação do 4o. trimestre de 2021 (11,9%) com a do mesmo período de 2022, temos uma queda de 2,4 pontos percentuais, registrando uma diminuição no quantitativo de pessoas desocupadas de 173 mil para cerca de 134 mil pessoas. A taxa de desocupação observada no Piauí ficou abaixo da média registrada para a região Nordeste, que foi de 10,9% no 4o. Trimestre de 2022. Essas informações constam da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do IBGE.
No 4o. trimestre de 2022, o Brasil apresentou uma taxa de desocupação da ordem de 7,9%, uma redução em relação ao trimestre anterior, quando havia chegado a 8,7%, e uma redução bem maior quando comparada ao 4o. trimestre de 2021, quando atingiu 11,1%. Em termos de quantidade de pessoas desocupadas, no 4o. trimestre de 2022, havia no país cerca de 8,5 milhões de pessoas, aproximadamente 3,5 milhões a menos ao comparar-se ao 4o. trimestre de 2021, quando havia aproximadamente 12 milhões de pessoas desocupadas, redução de 28,6%. No país, a maior taxa de desocupação foi a registrada na Bahia, com 13,5%, e a menor foi a de Rondônia, com 3,1%.
No Piauí, ao compararmos os resultados obtidos no 4o. trimestre de 2021 com os do mesmo período de 2022, temos como destaque a redução no quantitativo total de pessoas trabalhando por conta própria, principalmente daqueles que não tinham formalização no CNPJ, caindo de 415 mil pessoas para 354 mil, uma redução de cerca de 61 mil pessoas (14,8%). Por sua vez, aumentou o quantitativo total de pessoas trabalhando no setor privado da economia, principalmente daquelas contando com a formalização da carteira de trabalho, passando de 227 mil, no 4o. trimestre de 2021, para cerca de 259 mil, no 4o. trimestre de 2022, um crescimento de aproximadamente 32 mil pessoas (14%).
Em termos de atividade econômica, o setor da agricultura foi o que apresentou maior diminuição no quantitativo de pessoas ocupadas, tendo passado de 205 mil pessoas, no 4o. trimestre de 2021, para cerca de 161 mil, no 4o. trimestre de 2022, uma redução de 45 mil pessoas naquela atividade, o que representa queda de 21,7% no período de um ano. Por sua vez, a atividade econômica de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas foi o que apresentou maior crescimento, tendo passado de 88 mil pessoas, no 4o. trimestre de 2021, para 113 mil, no 4o. trimestre de 2022, um aumento de cerca de 25 mil pessoas naquelas atividades, o que representou um incremento de 28,9%.
Cai a taxa de informalidade no mercado de trabalho do Piauí em 2022
Em 2022, a taxa de informalidade no mercado de trabalho do Piauí caiu para 55,4%, ante cerca de 57,3% observado no ano de 2021, queda de 1,9 ponto percentual. O indicador de 2022 é também inferior ao registrado em 2019, pré-pandemia da Covid 19, quando havia atingido seu nível máximo da série histórica, com 59,2%. Esses são indicadores da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do IBGE.
A taxa de informalidade registrada no Piauí foi a quarta maior do país em 2022, só ficando atrás da observada para o Pará (61,5%), Maranhão (58,9%) e Amazonas (57,5%). A menor taxa de informalidade do país foi a de Santa Catarina, com 26,7%. A taxa de informalidade registrada para o Brasil ficou em 39,6%, cerca de 15,8 pontos percentuais abaixo da taxa observada para o Piauí.
Em termos de quantitativo de pessoas com ocupação na informalidade, em 2022 havia no Piauí cerca de 714 mil pessoas, pouco mais que o quantitativo observado em 2021 (711 mil). Em termos de série histórica, o maior quantitativo foi o registrado no ano de 2016 (início da série), quando chegou a 772 mil pessoas, aproximadamente 58 mil a mais que em 2022, o que representa uma queda da ordem de 7,5%.
O maior contingente de pessoas ocupadas na informalidade no estado é constituído por trabalhadores por conta própria sem registro no CNPJ, com 327 mil pessoas (45,79%). Na sequência vem as pessoas ocupadas no setor privado sem carteira assinada, com um contingente de 247 mil pessoas (34,59%); trabalhadores domésticos sem carteira assinada, com 66 mil pessoas ocupadas (9,24%); trabalhador familiar auxiliar, com 57 mil pessoas (7,98%); e empregadores sem CNPJ, com 17 mil pessoas (2,4%).
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Fonte: Agência Brasil
Imagem: Reprodução