IBGE: 62 mil piauienses encontram ocupação no 3° trimestre
No 3° trimestre de 2023, cerca de 1,3 milhão de pessoas estavam ocupadas no mercado de trabalho piauiense, contra 1,23 milhão de pessoas no trimestre anterior, o que representou um incremento de 62 mil pessoas (+5%) com nova ocupação, seja ela formal ou informal. As atividades econômicas que registraram maior incremento na ocupação no estado foram: a agropecuária, com 40 mil pessoas (+30,2%); a indústria, com 14 mil pessoas (+16%); e os serviços domésticos, com 10 mil pessoas (+11,8%). São informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do IBGE, principal instrumento de monitoramento da força de trabalho no país.
O incremento da ocupação no mercado de trabalho do Piauí deu-se, em grande parte, em razão do aumento do número de pessoas que passou a oferecer sua força de trabalho no mercado. Assim, no 2o. trimestre deste ano, o total da força de trabalho (formada de pessoas que estavam ocupadas, ou desocupadas mas buscando uma ocupação) era de cerca de 1,37 milhão de pessoas, e no 3o. trimestre do ano esse número passou para cerca de 1,44 milhão de pessoas, um incremento de 71 mil pessoas (+5,2%).
Daquelas 71 mil pessoas que ingressaram na força de trabalho no 3° trimestre, cerca de 62 mil encontraram uma ocupação, enquanto cerca de 9 mil não encontraram ocupação no mercado, elevando o número total de pessoas desocupadas no Piauí, que passou de 133 mil pessoas no 2o. trimestre do ano, para cerca de 142 mil pessoas no 3o. trimestre. Em razão disso, a taxa de desocupação do estado apresentou leve incremento, passando de 9,7% no 2° trimestre, para 9,9% no 3° trimestre.
O aumento do quantitativo de pessoas na força de trabalho do Piauí no 3o. trimestre deste ano, onde cerca de 1,44 milhão de pessoas estava ativa no mercado de trabalho, fez com se recuperasse o mesmo nível que havia sido registrado em igual trimestre do ano passado. Observando-se a série histórica da pesquisa, desde o ano de 2012, percebe-se que o total de pessoas na força de trabalho no estado já chegou a 1,53 milhão de pessoas no 3° trimestre de 2019, o que significa que nesse período já chegou a haver cerca de 96 mil pessoas (+6,6%) a mais do que no 3o. trimestre deste ano.
No Brasil, o mercado de trabalho também registrou um aumento do quantitativo de pessoas ocupadas, tendo passado de 98,9 milhões no 2o. trimestre, para 99,8 milhões no 3o. trimestre, com cerca de 900 mil pessoas com nova ocupação. Esse incremento das novas ocupações no país veio como resultado de dois fatores: um incremento do número de pessoas na força de trabalho e uma redução significativa no número de pessoas que estava desocupada e que encontrou uma oportunidade no mercado de trabalho.
A taxa de desocupação do país passou de 8,0% no 2o. trimestre de 2023, para 7,7% no 3o. trimestre. Em termos quantitativos, a desocupação no Brasil caiu de 8,6 milhões de pessoas no 2o. trimestre, para 8,3 milhões no 3o. trimestre, redução de cerca de 300 mil pessoas. Os estados com a maior taxa de desocupação no 3o. trimestre foram: a Bahia, com 13,3%; e Pernambuco, com 13,2%. As menores taxas de desocupação ficaram com: Mato Grosso, com 2,4%, e Rondônia, com 2,3%.
Piauí tem a quarta maior taxa de informalidade no mercado de trabalho do país
No 3° trimestre de 2023, a taxa de informalidade no mercado de trabalho do Piauí foi de 55%, apresentando um crescimento de 2,8 pontos percentuais ante a taxa observada no 2o. trimestre, que havia sido de 52,2%. A taxa de informalidade do Piauí foi a quarta maior dentre as unidades da federação no 3o. trimestre do ano e ficou cerca de 15,9 pontos percentuais acima da média brasileira, que foi de 39,1%. Superaram o Piauí os estados do Maranhão (57,3%), Pará (57,1%) e o Amazonas (55%). As menores taxas de informalidade ficaram com o Distrito Federal (30,6%) e com Santa Catarina (26,8%). São informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do IBGE.
No Piauí o maior contingente de pessoas ocupadas na informalidade é constituído por trabalhadores por conta própria sem registro no CNPJ, com 317 mil pessoas (44,34%). Na sequência vem as pessoas ocupadas no setor privado da economia sem registro na carteira de trabalho, com um contingente de 245 mil pessoas (34,26%); os trabalhadores domésticos sem registro na carteira de trabalho, com 81 mil pessoas ocupadas (11,33%); os trabalhadores de cunho “familiar auxiliar”, com 54 mil pessoas (7,55%); e os empregadores sem registro no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), com 18 mil pessoas (2,52%).
Na série histórica da pesquisa, desde 2015, a maior taxa de informalidade observada no mercado de trabalho piauiense foi a do 3o. trimestre de 2019, quando chegou a 60,1%. Por sua vez, a menor taxa de informalidade foi a registrada no 2o. trimestre deste ano, quando chegou a 52,2%.
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Fonte: Agência IBGE de Notícias
Imagem: Marcelo Camargo