H3N2: conheça os principais sintomas do tipo de gripe que provoca surtos pelo país

por Antônio Luiz Moreira Bezerra publicado 31/12/2021 16h12, última modificação 31/12/2021 16h12
De acordo com o Ministério da Saúde, São Paulo, Bahia e Rio de Janeiro são os estados mais afetados, com 151, 107 e 55 casos confirmados, respectivamente

Dados incluídos por estados e municípios no sistema SIVEP-Gripe revelam que, até o momento, foram registrados 456 casos de gripe pelo vírus H3N2 no Brasil. A informação foi repassada pelo Ministério da Saúde. A infectologista Helena Rangel Esper explica que o H3N2 é um subtipo de Influenza A - um vírus respiratório causador da gripe. De acordo com a médica, os sintomas são basicamente os mesmos provocados por uma gripe sazonal. 

"Podemos ter o que chamamos de síndrome gripal, que é quando temos sintomas como febre, tosse, dor de garganta, coriza, nariz entupido, associado a dor no corpo, dor de cabeça, dores nas juntas. Isso pode ou não evoluir, em uma porcentagem pequena dos casos, para síndrome respiratória aguda grave, que é quando precisamos de suporte, ou seja, de oxigênio", pontua. 

Existem três tipos de vírus influenza, conhecidos como A, B e C. Os dois primeiros são mais propícios a provocar epidemias sazonais em várias partes do mundo. Já o último costuma provocar alguns casos mais leves. O tipo A da influenza é classificado em subtipos, como o A(H1N1) e o A(H3N2). O tipo B, por sua vez, é dividido em duas linhagens: Victoria e Yamagata.

Segundo Helena Rangel, o H3N2 se tornou evidente no Brasil porque houve um aumento significativo no número de casos em um momento atípico.

"Geralmente, a Influenza sazonal circula nos meses de inverno, entre julho e setembro. E, observamos casos nesse momento, detectando um grande aumento no número de pessoas infectadas, num período em que também se espera um aumento no número de casos de Covid-19, devido à variante Ômicron", avalia. 

Sesapi confirma primeira morte por gripe H3N2 no Piauí

A Secretaria de Estado de Saúde (Sesapi) confirmou nesta sexta-feira (31) o primeiro caso de morte no Piauí pela reclamação H3N2. 

De acordo com a Sesapi, a vítima é uma idosa de 72 anos, natural da cidade de Barras. Um paciente estava internado no Hospital da Polícia Militar, em Teresina, e faleceu no último dia 25 de dezembro. 

Uma investigação epidemiológica confirmou laboratorialmente que a morte se deu em decorrência do vírus H3N2. O caso estava sob investigação e os resultados foram liberados no dia 28. 

Ainda conforme informações da secretaria, o Piauí tem nove casos confirmados por H3N2. 

As orientações das autoridades de saúde são as mesmas de prevenção para o coronavírus, ou seja, para que população siga os protocolos sanitários fazendo uso de máscara, higienização das mãos e evitando aglomeração.

Caso haja presença de sintoma de síndrome gripal, com febre, falta de ar, indisposição, que impossibilite as atividades normais, a recomendação é procurar uma unidade de saúde. 

FMS mantém 17 UBS para atendimentos de síndromes gripais

A Fundação Municipal de Saúde (FMS) mantém em funcionamento 17 Unidades Básicas de Saúde com atendimento das pessoas com síndromes gripais, em todas as zonas de Teresina. Essas UBS prestam atendimento todos os dias, incluindo finais de semana, das 7h às 19h.

Na zona Norte esse atendimento é nas UBS Karla Ivana, Real Copagre, Santa Maria da Codipi e Mafrense.  Na zona Sul são as UBS Parque Piauí, Hugo Prado, Monte Castelo, Irmã Dulce, São Pedro e Betinho.

Na zona Sudeste são as UBS Carlos Alberto Cordeiro, Todos os Santos, Novo Horizonte e Gurupi. Na zona Leste são Planalto Uruguai, Cidade Jardim e Taquari.

A coordenadora de Ações Estratégicas da FMS, Nádia Spindola, explica que estão sendo feitas atualizações constantemente dos locais de atendimento. "Fazemos a análise dos dados dos atendimentos e observamos que algumas UBS apresentam queda na procura por atendimento tendo como causa as síndromes gripais. Esses dados são determinantes para a reorganização dos locais de atendimento", explica.

Para a coordenadora, as medidas de prevenção como usar máscara, manter os cuidados básicos de higiene e evitar aglomerações continuam sendo fundamentais para impedir o surgimento de novos casos de coronavírus na cidade. "Se não fizermos isso, nós vamos viver sobressaltos de casos novamente, e com grande demanda nos serviços de saúde", prevê.

Fontes: Brasil 61/Cidade Verde/FMS
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