Gravidez após os 40: Riscos e cuidados essenciais para a saúde da mãe e do bebê
Cada vez mais, mulheres adiam a maternidade, priorizando carreira, estabilidade financeira e crescimento pessoal. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de mulheres que optam pela gravidez após os 40 anos cresceu 65,7% nos últimos 12 anos. Para a faixa etária de 30 a 39 anos, o aumento foi de 19,7%. Essa decisão, embora possível e cada vez mais comum, exige cuidados específicos devido aos riscos aumentados para a mãe e para o bebê.
A ginecologista e obstetra Keliany Duarte, em entrevista a Juliana Arêa Leão no Jornal Bom Dia Assembleia, explica que a idade avançada está associada a maior incidência de complicações como hipertensão, diabetes gestacional e alterações placentárias. Esses fatores aumentam as chances de prematuridade e baixo peso ao nascer. Além disso, após os 35 anos, a reserva ovariana e a qualidade dos óvulos diminuem, elevando o risco de cromossomopatias (como a Síndrome de Down ou aborto espontâneo).
Para minimizar esses riscos, a médica recomenda uma atenção redobrada ao estilo de vida. Práticas saudáveis, como alimentação equilibrada e atividade física regular, podem melhorar as condições para uma gestação saudável, ainda que não eliminem os riscos naturais associados à idade.
De acordo com a médica, no caso de procedimentos como a fertilização in vitro (FIV), embora possibilitem o controle de qualidade dos embriões, aumentam o risco de condições como pré-eclâmpsia e gemelaridade, que trazem riscos adicionais à gestação.
Assim, mulheres que decidem ter filhos após os 40 anos precisam contar com o acompanhamento médico adequado, adotar um estilo de vida saudável e considerar cuidadosamente todas as opções e cuidados disponíveis para garantir uma gestação segura e um futuro saudável para seus bebês - orienta Keliany Duarte.
Confira a entrevista na íntegra
Fonte: TV Assembleia