Gordura nos órgãos: alerta para os sintomas
É na zona abdominal que se acumula a gordura visceral. Pode não ser visível, mas a verdade é que está lá e pode acabar por ser prejudicial. Estômago, fígado e pâncreas acabam por ser alguns dos órgãos mais afetados. Existem alguns sintomas que deve começar a estar atento.
Também se o Índice de Massa Corporal (IMC) for de 30 ou superior pode ser um sinal de gordura na zona abdominal. Apresentar uma 'barriga de cerveja' é outro dos sinais refere o médico.
Deve também preocupar-se com a pressão arterial. “A gordura visceral está associada à pressão alta”, continua.
Para a tentar reduzir, algumas das sugestões do médico John Angstadt passam por deixar bebidas doces e com álcool. “Aumente também a atividade física, como caminhadas ou corridas”, refere.
Retirar da alimentação alimentos com elevado teor alcoólico acaba por ser outras das dicas. É o caso das batatas fritas, por exemplo. “Faça também mais refeições com fibras. Vai fazer com que fique cheio por mais tempo.”
Entre os principais riscos da gordura visceral estão a diabetes, doenças cardíacas e ainda a hipertensão.
O que é gordura visceral?
O excesso de acúmulo de gordura no corpo pode ser prejudicial para o organismo como um todo, acarretando em doenças do coração, por exemplo. A gordura visceral (que se acumula na região da barriga), para quem não conhece, pode ocasionar problemas mais graves a longo prazo. Por isso, é muito importante tomar diversos cuidados, tanto com a alimentação quanto com a prática de exercícios. Para saber mais sobre o assunto, nós conversamos com a nutricionista Adriana Ávila, que explicou bem o que é gordura visceral, suas causas e como criar hábitos saudáveis para perdê-la. Maus hábitos alimentares, quando seguidos de forma habitual, tendem a causar diversos problemas de saúde e favorecer o surgimento de gorduras localizadas pelo corpo. De acordo com a nutricionista Adriana Ávila, a gordura visceral, quando não levada a sério, é um problema que pode acarretar em uma série de doenças.
"É um tipo de gordura mais dura que envolve os órgãos (vísceras) localizados na região do abdome. Quando há um acúmulo elevado de gordura ao redor dessas vísceras é que teremos problemas - chamamos essa situação de obesidade androide ou do tipo "maçã". Ela é maléfica porque está relacionada ao aumento da pressão arterial, ao descontrole da glicose (que pode se transformar em diabetes do tipo 2), à elevação do colesterol e à ocorrência da esteatose hepática (gordura no fígado). Esses descontroles da pressão arterial, da glicose e do colesterol são fatores de risco para o coração, que fica mais vulnerável à doença aterosclerótica e, inclusive, pode ocorrer o infarto", explica a profissional.
O que causa gordura visceral?
De acordo com a nutricionista, existem alguns fatores (alimentares e de estilo de vida) que podem ocasionar e acelerar o processo de acúmulo de gordura visceral no corpo: "O sedentarismo associado a uma alimentação com excesso de gordura, principalmente a saturada e frituras de um modo geral, o abuso no consumo de açúcar (seja isolado ou nos doces, refrigerantes e em alguns tipos de sucos industrializados) e o consumo abusivo de bebidas alcoólicas", afirma.
Como perder gordura visceral de forma saudável?
Para reverter um quadro excessivo de gordura visceral, é necessário ter uma mudança drástica de estilo de vida, criando novos hábitos de forma bem aplicada. Aqui, a nutricionista dá ótimas dicas para colocar a saúde nos eixos novamente:
Pratique exercício físico de forma regular
A primeira dica para eliminar gordura visceral e evitar que ela volte é fugir ao máximo do sedentarismo. De acordo com Adriana Ávila, esse é um dos pontos mais importantes para o tratamento desse problema. "É importante que a pessoa inicie a prática de atividade física de forma habitual. Cada indivíduo deve se aconselhar com o seu médico e professor de educação física para definir o melhor exercício, frequência e intensidade, de modo que faça uma atividade física segura", recomenda a especialista.
Tenha uma alimentação saudável, equilibrada e com pouca gordura
Além de criar um estilo de vida mais ativo, com a prática regular de exercícios físicos, é fundamental tomar uma série de cuidados com a dieta. Segundo a nutricionista, o que comemos e até mesmo a forma de preparo dos alimentos é importante para eliminar a gordura visceral e ter um organismo mais saudável.
"A alimentação deve ser saudável, saborosa, colorida, variada e prazerosa para que faça parte do dia a dia da pessoa. Não adianta, e nem é adequado, que se faça uma restrição alimentar drástica. Deve-se incluir no cardápio diário: frutas, verduras de folhas, legumes, carnes magras sem gordura visível aparente (deve-se tirar a gordura antes do preparo de carne bovina, frango, peru ou peixe), leite e derivados (iogurte, coalhada ou queijos com menos gordura), leguminosas (feijão, ervilha, lentilha, grão-de-bico ou soja), oleaginosas (castanhas em geral, amêndoas e nozes), óleos vegetais (canola, girassol, oliva, milho ou soja)", recomenda.
"Os carboidratos devem ser preferencialmente integrais (arroz, trigo, pães, biscoitos, torradas, farinhas), além de colocar batatas, mandioca, inhame, cará, cevadinha, quinoa, milho ou mandioquinha como opções de substituição ao arroz na refeição", complementa Adriana.
Hidrate-se com bastante água e sucos pouco calóricos no dia a dia
Outra ótima dica para desintoxicar o corpo, manter o metabolismo em bom funcionamento e, consequentemente, otimizar a perda de gordura visceral é lembrar de beber bastante líquido diariamente. A nutricionista destaca que essa é uma medida essencial para quem precisa perder peso.
"Não se esqueça de fazer uma boa hidratação com água, água de coco e sucos de frutas naturais, preferencialmente de mais baixo valor calórico, como limão, maracujá, morango ou acerola, adoçados com adoçante, se necessário. Além de cuidar do exercício e da alimentação, é importante gerenciar o estresse com meditação, práticas de yoga e respiração. Em muitos casos, também é essencial fazer um acompanhamento com psicólogo para tratar a parte emocional e psicológica. Com todos esses cuidados, é possível ter um estilo de vida bem mais saudável", finaliza a profissional.
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Fonte: NMBRA/Coquista sua vida
Imagem: Reprodução