Fiocruz indica estabilidade em Síndrome Respiratória Aguda Grave
Divulgado nesta sexta-feira (21/10), o novo Boletim InfoGripe Fiocruz indica estabilidade no número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) nas tendências de longo (últimas seis semanas) e curto prazo (últimas três semanas). Referente à Semana Epidemiológica (SE) 41, período de 9 a 15 de outubro, o Boletim tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica (Sivep-Gripe) até o dia 17 de outubro.
No cenário nacional, o estudo mostra queda ou estabilidade em praticamente todas as faixas etárias da população adulta. A análise sinaliza, por outro lado, a manutenção de aumento na incidência em crianças de 0 a 4 anos, enquanto no grupo de 5 a 11 já se observa estabilização. Os dados em crianças pequenas, até o momento, não têm associação com Covid-19.
Os estados de São Paulo e Distrito Federal seguem registrando o maior volume absoluto de positivos para Influenza nas últimas semanas. Em decorrência da importância de ambos no fluxo interestadual de passageiros, esse fator serve de alerta para as demais unidades federativas do país. Também há um ligeiro aumento na presença desse vírus nos estados da Bahia, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Paraná.
A curva nacional ainda aponta para os menores patamares desde o início da epidemia de Covid-19 no Brasil. “Não estamos observando a Covid voltando a causar grande impacto – os dados chamam atenção para outros problemas respiratórios, entre eles o próprio vírus da gripe H3N2, que a vacina desse ano é eficaz justamente para diminuir o risco de internação”, pontuou o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.
Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos como resultado positivo para vírus respiratórios foi de 25,9% para influenza A; 0,6% para influenza B; 16,7% para vírus sincicial respiratório (VSR); e 30,2% para Sars-CoV-2 (Covid-19). Entre os óbitos, a presença destes mesmos vírus entre os positivos foi de 13,6% para influenza A; 0,0% para influenza B; 0,0% para VSR; e 79,5% para Sars-CoV-2 (Covid-19).
Estados e capitais
Das 27 unidades federativas, apenas Paraná, Rio de Janeiro, Roraima, Sergipe e São Paulo apresentam crescimento moderado na tendência de longo prazo até a SE 41. Na maioria desses estados, o aumento concentra-se fundamentalmente entre crianças e adolescentes. No Rio de Janeiro, no entanto, também se observa ligeira tendência de aumento em algumas faixas da população a partir de 60 anos, embora incipiente e ainda compatível com cenário de oscilação nesse grupo.
Dez das 27 capitais apresentam crescimento moderado na tendência de longo prazo até o mesmo período: Aracaju (SE), Belém (PA), Boa Vista (RR), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), plano piloto e arredores de Brasília (DF), Manaus (AM), Porto Alegre (RS), Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP). Nas demais capitais, há queda ou estabilidade na tendência de longo prazo e estabilidade nas semanas recentes (curto prazo).
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Fonte: Fiocruz
Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil