Estudo: 10 produtos que emitem 3,5 megatoneladas de CO2

por Antônio Luiz Moreira Bezerra publicado 03/12/2023 08h00, última modificação 01/12/2023 11h30
Unitaid destaca que total de emissões de dióxido de carbono envolvida no ciclo de uso do material essencial acontece em um ano.

Um novo relatório avalia as emissões de gases de efeito estufa, o impacto na natureza e os riscos climáticos associados a 10 produtos considerados estratégicos na saúde pública global.

 

O material verificado pela agência global Unitaid é usado no combate a infeções como HIV, tuberculose, malária, e ainda em intervenções em favor da saúde de mulheres e crianças além da resposta a emergências globais.

 

Emissões de carbono e poluição plástica


A publicação “De miligramas a megatons: uma avaliação climática e natural de dez produtos essenciais para a saúde” examina ainda temas como obtenção de matérias-primas, resíduos, emissões de carbono e poluição plástica.

 

Uma das constatações é que as cadeias de abastecimento desses produtos emitem mais de 3,5 milhões de toneladas de carbono por ano. Para baixar as emissões seria preciso reciclar solventes e fazer a mudança para energias renováveis. 

 

A Unitaid ressalta ainda que os cuidados de saúde em nível global têm um grande impacto no meio ambiente.

 

A análise considera possível reduzir as emissões em 70% até 2030. Metade dessa diminuição aconteceria sem aumentar os custos de produção. Para abordar os demais 30% haveria custos adicionais. 

 

O documento foi compilado na preparação da COP28, que acontece até 12 de dezembro em Dubai e terá um dia do evento dedicado ao nexo entre clima e saúde.

 

Países de rendimentos baixo e médio


Para a Unitaid, as parcerias globais no setor público desempenham um papel essencial na prevenção e tratamento de doenças em países de rendimentos baixo e médio.

 

Todos os anos, o grupo de economias registra a morte de milhões de pessoas por doenças evitáveis e tratáveis porque elas não conseguem ter acesso aos produtos de saúde necessários.

 

Por outro lado, os requisitos para prestar cuidados veem aumentando com as alterações climáticas, consideradas a maior ameaça à saúde pública deste século, aliadas à degradação da natureza. 

 

Eliminação de produtos 


Uma das sugestões para conter os danos causados pelas cadeias de valor da saúde é adaptar o setor aos riscos climáticos e reduzir as emissões de gases de efeito estufa e as consequências sobre a natureza. 

 

A Unitaid pede maior resiliência para as cadeias de valor da saúde, especialmente em atividades necessárias para obter matérias-primas e depois fabricar, distribuir, utilizar e descartar os produtos. 

 

Os cuidados de saúde representam cerca de 4,6% das emissões líquidas globais, mas podem ajudar a travar de forma direta as alterações do clima e reduzir os seus impactos na saúde com medidas para reduzir as emissões envolvidas no setor. 

 

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Fonte: ONU News

Imagem: © Unaids Thailand/Cedriann Mart

Edição: Site TV Alepi