Especialista explica sobre desenvolvimento da psicopatia na infância

por Antônio Luiz Moreira Bezerra publicado 18/10/2024 10h54, última modificação 18/10/2024 10h54
O neuropsicólogo Antônio Ferreira participou de entrevista no Bom Dia Assembleia

Imagens de segurança divulgadas pela internet chocaram a população ao mostrarem uma criança de apenas 9 anos invadindo uma um hospital veterinário, localizado em Nova Fátima, no norte do Paraná, no último domingo , 13, onde o garoto matou 23 animais de pequeno porte. Rapidamente, surgiram vários questionamentos. A psicopatia ou a sociopatia pode se desenvolver ainda na infância?

 

Em entrevista ao Jornal Bom Dia Assembleia desta sexta-feira, 18, o neuropsicólogo Antônio José Ferreira especificou que a psicopatia pode ainda se desenvolver durante a infância, enquanto a sociopatia se desenvolve na fase mais adulta do indivíduo. "A psicopatia traz traços genéticos, e a sociopatia está muito relacionada ao ambiente social, a um abandono, a um desprezo, e a criança pode também desenvolver essas características", explicou.

 

"A psicopatia primária se desenvolve ainda na infância e traz várias características, como déficit de identidade relacionado ao egocentrismo, déficit de empatia. Essa pessoa não se importa muito com a dor e o sofrimento do outro. Não tem condições de ter um relacionamento íntimo mais profundo e tenta tirar proveito. Quando a gente fala de crianças, vamos observar, pelos estudos da neuropsciologia, traz as faixas etárias. Numa criança de 7 a 12 anos, já tem o cérebro formado com todas as suas funções de um cérebro adulto, porém, esse cérebro ainda não está amadurecido, então ele tem dificuldade de lidar com essas funções totais", disse.

 

"Primeiro, a gente vai entender esses comportamentos de agressividade. Essa criança de 9 anos não demonstrou arrependimento, não demonstrou empatia com a dor dos animais, e essa criança, possivelmente, pode trazer esses traços nessa idade", salientou. Mas esse diagnóstico é concluído quando essa pessoa completa 18 anos. "Os pais devem ficar atentos", alerta.

 

Confira a entrevista completa


 

Fonte: TV Assembleia

Edição: Site TV Assembleia