Especialista explica sobre cirurgias plásticas simultâneas em um mesmo paciente

por Antônio Luiz Moreira Bezerra publicado 04/10/2024 11h14, última modificação 04/10/2024 11h14
Em entrevista ao Bom Dia Assembleia, o cirurgião plástico Davi Barbosa explica sobre esse procedimentos

Uma jovem de 24 anos, de Sobral, no Ceará, morreu recentemente após passar por seis cirurgias plásticas realizadas ao mesmo tempo. Viviane Lira Monte passou por procedimentos na barriga, nos braços, nos seios, nas costas e nos glúteos. Ela teve complicações, chegou a ficar internada, mas acabou morrendo.


Em entrevista ao Bom Dia Assembleia desta sexta-feira, 4, o cirurgião plástico Davi Barbosa disse que tanto faz realizar mais de uma cirurgia, a exemplo da mama e do abdômen com lipoaspiração, ou ainda associar entre procedimentos diferentes uma cirurgia plástica do abdômen com histerectomia, são procedimentos comuns que se fazem com frequência. "É lógico que tem limites, que podem ser técnicos. Por exemplo, você não deve fazer uma cirurgia no intestino, que é uma área contaminada, junto com a cirurgia de mama. Ele (limite) pode ser individual em questão de saúde. Uma pessoa com a saúde um pouco mais debilitada deve se submeter a cirurgias menores, uma de cada vez, e um limite técnico de modo geral" alertou.


Segundo o especialista, em relação à idade do paciente, a não ser que ela seja extrema, depois de 80, 90 anos, não é um fator limitante. "O caso da jovem (citada no início da matéria) não tem informações técnicas, mas a quantidade de procedimentos em si não é contada dessa forma. A gente trabalha mais em área corporal, em duração, no tempo que aquela cirurgia vai demorar. Aparentemente, ela é uma mulher jovem, saudável. As informações fazem supor que o que levou ela a óbito foi uma infecção, agora não sei o que começou o quadro, não tenho informações que me permitam nem especular o que começou o quadro", ponderou.


A questão do tempo de duração que pessoa deve ficar internada, para o Davi Barbosa, também é individual. Vai depender do tamanho da cirurgia e da resposta que a pessoa tem no procedimento. A internação pode possibilitar a intervenção imediata dos profissionais nos casos de ocorrer algum problema com o paciente, mas ficar muito tempo internada, essa pessoa corre risco de pegar uma infecção hospitalar, e esse é um problema grande da cirurgia plástica. Ficar 24 ou 48 horas internada, é o procedimento mais usual.


Confira na íntegra a entrevista



 

Fonte: TV Assembleia

Edição: Site TV Assembleia