Em entrevista do Bom Dia Assembleia, a advogada previdenciarista Alice Belli dá detalhes sobre essa medida do governo
A partir de fevereiro de 2025, os aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) receberão um aumento de 4,77% em seus benefícios. Essa atualização, conforme explicado pela advogada previdenciarista Alice Belli em entrevista a Juliana Arêa Leão no jornal Bom Dia Assembleia desta terça-feira, 14, é parte de um plano do governo atual para valorizar o salário mínimo e acompanhar a inflação, utilizando o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) como referência.
Com essa mudança, quando se observa que o salário mínimo passa de R$ 1.412 para R$ 1.518, o teto do INSS será elevado de R$ 7.786 para R$ 8.157. Todos os beneficiários e pensionistas do INSS serão impactados por essa alteração, que visa garantir que os valores pagos acompanhem o poder de compra atual.
Os pagamentos com o novo valor começarão a ser feitos normalmente a partir de 1º de fevereiro, em bancos previamente determinados pelo sistema do INSS, como Itaú e Caixa Econômica Federal. É importante ressaltar que os pensionistas que não receberem o novo teto devem procurar uma agência do INSS para regularizar sua situação.
Além do aumento, a advogada destacou que as mudanças nas regras de aposentadoria, implementadas desde a reforma da Previdência em 2019, continuam a impactar os beneficiários. Para 2025, as regras de transição incluem a soma da idade e do tempo de contribuição, com 92 pontos para mulheres e 102 para homens, além da idade progressiva, que exige que as mulheres tenham pelo menos 54 anos e os homens, 64 anos.
Para aqueles que não têm vínculo empregatício, é possível contribuir ao INSS de forma independente, desde que haja uma renda. A contribuição deve ser feita de acordo com a faixa salarial, e é aconselhável que os interessados busquem um especialista em planejamento previdenciário para garantir que suas contribuições sejam adequadas às suas necessidades.
Vale lembrar que, além dos benefícios previdenciários, existe o BPC (Benefício de Prestação Continuada), que é assistencial e destinado a pessoas com deficiência ou idosos com mais de 65 anos que não contribuíram para o INSS. Este benefício garante um salário mínimo, mas não é considerado um benefício previdenciário.
Em resumo, o aumento de 4,77% e as mudanças nas regras de aposentadoria são passos importantes para garantir que os aposentados e pensionistas do INSS tenham um suporte financeiro que reflita as condições econômicas atuais. É fundamental que todos os beneficiários estejam atentos a essas mudanças e busquem informações para assegurar seus direitos.