Especialista explica problemas de saúde relacionados ao sono
Em uma escala de zero a dez, você saberia dizer qual o nível de qualidade do seu sono? Segundo pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa e Orientação da Mente (IPOM), 69% dos brasileiros avaliam seu próprio sono como ruim ou insatisfatório. Os problemas vão desde a dificuldade para adormecer, até acordar diversas vezes durante a noite. Vital para a saúde, o sono é importante para o desenvolvimento normal do cérebro e para os processos de memória e aprendizado. Um descanso de má qualidade pode prejudicar o equilíbrio do organismo.
Em curto prazo, a privação do sono pode causar dores no corpo, cansaço, sonolência, irritabilidade, alterações repentinas de humor, perda da memória de fatos recentes, comprometimento da criatividade, lentidão do raciocínio, desatenção e dificuldade de concentração. Já a longo prazo, falta de vigor físico, envelhecimento precoce, comprometimento do sistema imunológico, tendência a desenvolver obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares e gastrointestinais e perda crônica da memória, estão entre os males.
Para detalhar sobre essa questão, a psicóloga Kyslley Urtiga, especialista em sono, participou de entrevista a Juliana Arêa Leão no Jornal Bom Dia Assembleia desta quarta-feira, 31. E ela alertou para a importância de uma noite bem dormida: "A função do sono é importantíssima para nossa saúde, então é necessário que a gente avalie quanto tempo de sono eu estou tendo por dia. Se você dorme 6 horas durante a noite e quando chega no seu trabalho, à tarde, vai lá e tira o cochilo grande de duas horas, juntas são 8 horas de sono por dia agora você tem", disse.
De acordo com a psicóloga, mesmo que você durma muitas horas, mas tem um sono fragmentado durante a noite, isso não é bom para a saúde. Para ela, também é enganoso achar que o sono reparador do dia compense a noite mal dormida. O sono do dia é reparador, apenas relaxa, e o da noite, é tipo uma limpeza da mente, porque tem várias outras funções, inclusive metabólicas. Ela também faz uma comparação entre o sono do idoso, que é muito fragmentado por conta de alguns fatores, e o do bebê, que dorme bastante.
Mas em relação ao adulto jovem, faz uma alerta: "quanto mais eu colocar esse sono para noite, mas eu vou estar reorganizando o processo cognitivo de memória, Quando a gente dorme é a hora que a nossa mente faz a limpeza e a limpeza de conteúdos que a gente não tem necessidade de memórias. E tem memórias que a gente vai guardar".
Confira a entrevista na íntegra
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Fonte: TV Assembleia