Dia Internacional da Atenção à Gagueira: Distúrbio afeta milhões de brasileiros e tem tratamento eficaz

por Antônio Luiz Moreira Bezerra publicado 22/10/2024 10h59, última modificação 22/10/2024 10h59
Especialista participa de entrevista no Bom Dia Assembleia e faz orientações.

Nesta terça-feira, 21 de outubro, Dia Internacional de Atenção à Gagueira, a TV Assembleia do Piauí aborda esse tema que tem grande relevância, por se tratar de um distúrbio da fluência da fala que afeta cerca de 10 milhões de pessoas no Brasil, segundo dados do Instituto Brasileiro de Fluência.

 

Em entrevista ao Bom Dia Assembleia, a fonoaudióloga Mayanna Magalhães trouxe esclarecimentos importantes sobre o que é a gagueira, como ela se manifesta e a importância do tratamento precoce. Segundo ela, a gagueira é caracterizada por interrupções na fluência da fala, como repetições de sons ou prolongamentos, dificultando a comunicação do indivíduo, embora ele saiba o que deseja expressar.

 

Portanto, a gagueira é um distúrbio da fala que envolve dificuldade no planejamento motor da fala, levando a uma disfluência, ou seja, interrupções no ritmo normal da fala. Mayanna explica que existem diferentes tipos de gagueira, sendo a mais comum a gagueira do desenvolvimento, que costuma aparecer entre os 3 e 6 anos de idade, e é considerada parte normal do processo de aquisição da fala.

 

No entanto, a fonoaudióloga alerta que, em alguns casos, os pais notam sinais de disfluência já a partir dos 2 anos e meio, o que gera preocupação. Nesse contexto, os pais acabam procurando fonoaudiólogos para garantir se é necessário ou não iniciar uma intervenção precoce.

 

De acordo com a fonoaudióloga, os pais devem ficar atentos quando notarem uma persistência dos sintomas por um longo período. Ela destaca que é importante investigar se há histórico familiar de gagueira, pois fatores hereditários, emocionais e sociais podem predispor à condição. Embora a gagueira possa desaparecer naturalmente em muitas crianças, o ideal é procurar uma avaliação profissional o quanto antes.

 

Mayanna afirma que a gagueira também pode se desenvolver na fase adulta, principalmente após eventos como AVCs ou traumatismos cranianos, afetando áreas do cérebro responsáveis pela fala. Mesmo nessa fase, é possível buscar tratamento. A especialista explica que, apesar de não haver cura, o tratamento pode minimizar significativamente os impactos da gagueira tanto na infância quanto na vida adulta.

 

Confira a entrevista na íntegra



Fonte: TV Assembleia

Edição: Site TV Assembleia