Dia do Orgulho LGBTQIA+: país tem longa história de luta por direitos

por Antônio Luiz Moreira Bezerra publicado 28/06/2024 09h59, última modificação 28/06/2024 09h59
Em entrevista ao Jornal Bom Dia Assembleia, Herbert Silva, do Grupo Matizes, comenta sobre a data e a luta desse segmento.

“Visibilidade” é a palavra-chave que atravessa a história de luta LGBTQIA+ no Brasil. Nem nos momentos mais violentos e autoritários, como a ditadura militar, houve silêncio, covardia, inércia. Nas tentativas de formar encontros nacionais entre 1959 e 1972; na criação do Grupo Somos e dos jornais Lampião da Esquina e ChanacomChana, em 1978; no levante de lésbicas do Ferro’s Bar em 1983 e na pressão de anos para retirar a homossexualidade do rol de doenças, concretizada em 1985, houve protagonismo, mobilização e luta.

 

Em entrevista ao Jornal Bom Dia Assembleia desta sexta-feira, Herbert Silva, do Grupo Matizes, em Teresina, aborda sobre a luta, as conquistas e os caminhos que estão sendo percorridos por esse segmento da sociedade em busca de valorização e reconhecimento.

 

E é grande a história de luta LGBTQI+. Com esse histórico, chama a atenção que a principal data de celebração da população LGBTQIA+ no país seja o 28 de junho, que faz referência a uma revolta ocorrida em 1969 na cidade de Nova York. Na ocasião, frequentadores do Stonewall Inn, um dos bares gays populares de Manhattan, reagiram a uma operação policial violenta, prática habitual do período. A resistência virou um marco do movimento LGBTQIA+ por direitos nos Estados Unidos (EUA) e passou a ser comemorada em muitos outros países, incluindo o Brasil, como o Dia Internacional do Orgulho LGBT+.

 

Mesmo pensada a partir da ideia de processo histórico, a construção do movimento LGBTQIA+ brasileiro é fenômeno complexo, que envolve um conjunto grande de acontecimentos e realizações. Alguns se destacam pela repercussão e capacidade de inspirar outros grupos.


A partir dos anos 1990, as “marchas” ou “paradas” passaram a ser manifestações públicas importantes de demonstração do orgulho LGBTQIA+ e de reivindicação de direitos. As primeiras tentativas começaram ainda na década de 1980, por não conseguirem reunir número significativo de pessoas.


Confira a entrevista com Herbert Silva na íntegra



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Fonte: TV Assembleia/Agência Brasil - Imagem: Grupo Arco Íris

Edição: Site TV Assembleia