Dezembrite: A Síndrome do Final de Ano e seus efeitos na saúde emocional

por Antônio Luiz Moreira Bezerra publicado 28/11/2024 11h12, última modificação 28/11/2024 11h12
Em entrevista ao Bom Dia Assembleia, psicóloga orienta como lidar com essa síndrome

Com a chegada de dezembro, muitas pessoas começam a experimentar um misto de emoções intensas que vão desde a alegria e expectativa até a ansiedade e frustração. Esse fenômeno, que vem sendo chamado popularmente de "dezembrite", reflete um conjunto de sentimentos que surgem com o encerramento do ano, marcado por reflexões sobre conquistas, encontros familiares e a pressão para começar um novo ciclo.

 

Em entrevista a Juliana Arêa Leão no jornal Bom Dia Assembleia desta quinta-feira, 28, a psicóloga Marly Bandeira explica que dezembrite - ou "síndrome do final de ano" - está associada à avaliação antecipada das metas que não foram alcançadas e à pressão das festividades. "É um misto de emoções que paira sobre o indivíduo, especialmente ao refletir sobre o que foi sonhado no início do ano e o que, de fato, se concretizou", salienta.

 

Essas emoções, segundo a especialista, são agravadas por lutos não elaborados, ansiedade em reencontros familiares e a constante comparação com a vida idealizada que aparece nas redes sociais. “Nas redes, tudo é muito bonito e perfeito, o que intensifica a sensação de inadequação ou fracasso para quem não conseguiu realizar o que esperava”, comenta.

 

Outro aspecto que potencializa a dezembrite é a tendência de viver em um estado constante de antecipação. Já no início do ano, muitas pessoas começam a planejar o final, alimentando sonhos que não se transformam em objetivos concretos. "Idealizar é diferente de planejar. Um objetivo requer metas claras e prazos. Quando não realizamos isso, chegamos ao fim do ano frustrados", ressalta a psicóloga.

 

Como lidar com a dezembrite?

 

De acordo com a psicóloga, para evitar que essa ansiedade comprometa a saúde emocional, é preciso que se faça planejamento realista, com objetivos alcançáveis, prazos e estratégias concretas. É muito importante também o autocuidado emocional, buscando reconhecer suas conquistas, mesmo que pequenas, e evitando a comparação constante com os outros. Além disso, a atividade física ajuda muito na redução dos níveis de ansiedade.

 

Para Marly, as pessoas devem também investir na qualidade de tempo com a família e consigo mesmo, em vez de quantidade de tempo. Se a situação fugir do controle, a ajuda profissional é necessária.

 

Acompanhe a entrevista completa


 

Fonte: TV Assembleia