Descriminalização das drogas - Especialistas opinam sobre decisão do STF

por Antônio Luiz Moreira Bezerra publicado 01/07/2024 10h32, última modificação 01/07/2024 10h32
Equipe de reportagem da TV Assembleia falou com especialistas sobre essa polêmica em discussão no Brasil.

Após nove anos de sucessivas interrupções, o Supremo Tribunal Federal (STF) descriminalizou o porte de maconha para uso pessoal e fixou a quantia de 40 gramas para diferenciar usuários de traficantes.

 

Essa decisão da Suprema Corte vem gerando polêmica por todo o país. Reportagem da TV Assembleia ouvi especialistas sobre o assunto, que também é motivo discussão no Congresso Nacional.

 

*Confira a reportagem no final deste texto. 

 

Com a decisão, não comete infração penal quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo até 40 gramas de maconha para consumo pessoal. A decisão deverá ser aplicada em todo o país após a publicação da ata do julgamento, que deve ocorrer nos próximos dias.

 

A decisão do Supremo não legaliza o porte de maconha. O porte para uso pessoal continua como comportamento ilícito, ou seja, permanece proibido fumar a droga em local público, mas as consequências passam a ter natureza administrativa e não criminal. 

 

O Supremo julgou a constitucionalidade do Artigo 28 da Lei de Drogas (Lei 11.343/2006). Para diferenciar usuários e traficantes, a norma prevê penas alternativas de prestação de serviços à comunidade, advertência sobre os efeitos das drogas e comparecimento obrigatório a curso educativo.

 

A lei deixou de prever a pena de prisão, mas manteve a criminalização. Dessa forma, antes da decisão da Corte, usuários de drogas eram alvos de inquérito policial e processos judiciais que buscavam a condenação para o cumprimento dessas penas alternativas.

 

*Confira aqui reportagem da TV Assembleia


 

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Fonte: TV Assembleia

Edição: Site TV Assembleia