O consultor financeiro Ismael Bastos explica essa movimentação em entrevista ao Bom Dia Assembleia
As criptomoedas, especialmente o Bitcoin, têm sido um tema recorrente nas discussões financeiras, especialmente após declarações do governo de Donald Trump que podem impactar o mercado global. Em entrevista a Juliana Arêa Leão no programa "Bom Dia Assembleia" desta quarta-feira, 19, o consultor financeiro Ismael Bastos explicou como as movimentações no mercado americano podem afetar diretamente os investidores brasileiros.
Ismael destacou que o Brasil representa apenas 1% do mercado global de criptomoedas, o que significa que as decisões tomadas nos Estados Unidos têm repercussões significativas aqui. O Bitcoin, que surgiu em 2008 como uma resposta à crise financeira daquele ano, é um ativo global que é negociado em plataformas internacionais. Isso implica que suas flutuações de preço são sentidas em todo o mundo, incluindo no Brasil.
O Bitcoin foi criado como uma alternativa ao sistema financeiro tradicional, que é controlado por autoridades monetárias que imprimem dinheiro, gerando inflação e perda de poder de compra. Ismael explicou que, ao contrário do dinheiro convencional, o Bitcoin é um ativo deflacionário, com um limite de 21 milhões de unidades. Essa escassez é o que lhe confere valor, ao contrário do dinheiro, que pode ser impresso sem limites.
Além do Bitcoin, Ismael também enfatizou a importância da tecnologia por trás dele: a blockchain. Essa tecnologia tem o potencial de resolver diversos problemas sociais, como a segurança de dados médicos e a transparência em processos eleitorais. A blockchain pode ser uma ferramenta valiosa para a evolução da sociedade, permitindo um controle mais seguro e transparente das informações.
Recentemente, Trump anunciou que os Estados Unidos não comprariam novos Bitcoins para sua reserva estratégica, o que frustrou muitos investidores que esperavam uma valorização do ativo. Ismael alertou que, embora existam mais de 20.000 criptomoedas no mercado, a maioria delas pode não sobreviver a longo prazo. Ele recomenda que os investidores mantenham uma alocação prudente de 3 a 5% de seu patrimônio em Bitcoin, evitando a tentação de investir grandes quantias na esperança de lucros rápidos.
