Coordenadora da Associação Prismas destaca importância de espaços para pessoas com autismo nos aeroportos
Na última semana, o Ministério dos Portos e Aeroportos lançou um programa inovador que visa proporcionar um melhor acolhimento a pessoas com autismo nos aeroportos de todo o Brasil. A iniciativa é uma resposta às necessidades de acessibilidade e inclusão para esse público, especialmente em um ambiente tão movimentado e estimulante quanto o de um aeroporto.
Em entrevista a Juliana Arêa Leão, no Jornal Bom Dia Assembleia desta segunda-feira, 11 de novembro, Elisângela de Oliveira, coordenadora da Associação Prismas - Associação de Amigos e Familiares de Pessoas com Autismo - destacou a importância desse programa. Fundada em 2021 com foco no autismo, a Associação Prismas agora trabalha pela inclusão de pessoas com todas as deficiências. Segundo Elisângela, essa medida é essencial para oferecer apoio em ambientes que, para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), podem ser desafiadores devido à hipersensibilidade auditiva e visual. "Imagine uma pessoa que não consegue esperar por muito tempo em um ambiente com tanto barulho e movimento. As salas sensoriais são fundamentais para proporcionar um ambiente de calma e segurança", explicou.
O projeto do Ministério prevê a criação de salas sensoriais nos aeroportos, pensadas para reduzir os estímulos sensoriais e oferecer um espaço de acolhimento. Nessas salas, o público autista pode se recuperar e se autorregular em um ambiente menos sobrecarregado, protegido do excesso de luzes, ruídos e movimento constante.
A inclusão também vem ganhando força no Piauí, onde, recentemente, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Franzé Silva, implantou uma medida para distribuir abafadores auditivos a pessoas autistas. Elisângela, mãe de uma criança autista, vê essas ações com gratidão e espera que mais políticas públicas de inclusão sejam implementadas. "É necessário que a inclusão se expanda para além dos aeroportos e alcance todos os espaços, como escolas, restaurantes e outros locais públicos. Não é só para quem está no espectro autista, mas para todos que enfrentam desafios de acessibilidade, como pessoas com baixa visão, surdos e idosos."
Segundo Elisângela, a criação desses espaços de acolhimento dentro de aeroportos e o fornecimento de equipamentos, como os abafadores auditivos, projeto que vem sendo implementado no Piauí, são iniciativas que marcam um avanço significativo para o reconhecimento das necessidades sensoriais das pessoas com autismo.
Acompanhe a entrevista na íntegra
Fonte: TV Assembleia