Kaká Rodrigues participou de entrevista no Bom Dia Assembleia
Recentemente, pediatras do Reino Unido solicitaram a proibição total de punições físicas contra crianças, conforme reportado pela BBC Brasil. Na Inglaterra, já existe uma proibição com algumas ressalvas. No Brasil, a Constituição Federal assegura que crianças e adolescentes têm direito à dignidade e não devem ser expostos à violência.
O conselheiro tutelar Carlos Alberto Kaká Rodrigues, em entrevista ao Bom Dia Alepi, destacou que a cultura de educar por meio da violência física é enraizada e remonta a muitos anos. Desde a Constituição de 1988, as crianças começaram a ser reconhecidas como cidadãs de direitos, rompendo com práticas educativas que envolviam punições físicas.
Rodrigues enfatizou que a educação deve ser baseada no diálogo, no amor e no aconselhamento, e não na violência. Ele compartilhou experiências de pais que acreditam que a educação através de punições físicas é eficaz, mas também trouxe à tona o testemunho de uma avó que educou seus filhos e netos sem violência, mostrando que é possível criar cidadãos respeitosos e bem-sucedidos sem recorrer a punições físicas.
Estudos indicam que crianças que sofrem violência física na infância podem carregar sequelas emocionais que comprometem seu desenvolvimento ao longo da vida. Essas experiências podem impactar negativamente sua vida adulta, incluindo sua atuação no mercado de trabalho e em suas próprias famílias.
Rodrigues concluiu ressaltando a importância de discutir e repensar a forma como educamos as crianças, citando leis recentes no Brasil, como a Lei Menino Bernardo e a Lei da Palmada, que visam proteger as crianças da violência. Ele alertou que muitas crianças ainda sofrem e pagam um alto preço por essa cultura de violência, que deveria ser substituída pelo amor e respeito.