Compulsão alimentar: saiba quais os sintomas e como tratar

por Antônio Luiz Moreira Bezerra publicado 12/04/2023 07h00, última modificação 11/04/2023 14h42
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), condição já atinge milhares de pessoas em todo o Brasil

 Pelo menos 4,7% da população brasileira, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), sofrem de transtornos alimentares, que são um conjunto de doenças psiquiátricas de origem genética, hereditárias, psicológicas e/ou sociais, caracterizadas por perturbação persistente na alimentação. Entre os jovens, o índice pode chegar a espantosos 10%.


De acordo com o médico Tasso Carvalho, a alimentação saudável e adequada é um direito básico, que, no entanto, nem sempre é tido por uma quantidade gigantesca de pessoas.


As práticas de emagrecimento vêm aumentando de forma alarmante, especialmente os transtornos alimentares (TAs), e isso começa a preocupar os especialistas, tornando-se importante problema de saúde pública.



"Os transtornos mais comuns são a anorexia nervosa, a bulimia nervosa e o transtorno da compulsão alimentar, sendo transtornos de origem multifatorial. A compulsão alimentar, em questão, é caracterizada pelo consumo de uma grande quantidade de alimentos em um curto espaço de tempo. Em momentos de ansiedade, a pessoa acaba "descontando" seus sentimentos na comida. Quando alguém tem o transtorno, muitas vezes o observa tarde demais", pontuou.


Após o episódio de compulsão alimentar, a pessoa sente-se culpada por não ter conseguido controlar-se diante da comida, por ter exagerado na alimentação mesmo sem estar fisicamente com fome e, consequentemente, haverá a condenação de si, a auto-recriminação.

"Isso acaba gerando ainda mais ansiedade e fazendo com que o ciclo se repita é parece não ter fim, mas tem", disse.



De acordo com o Ministério da Saúde, as metas do tratamento dos TAs incluem a regularização do padrão alimentar, suspensão das práticas purgativas, restritivas e orientação nutricional, além do tratamento psicológico e psiquiátrico.



"Alimentar-se corretamente e ajustar os horários da alimentação contribui para evitar a compulsão alimentar. O acompanhamento multiprofissional é fundamental para esses casos."

 

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Fonte: Estado de Minas

Imagem: Foto de Szabo Viktor na Unsplash

Edição: Site TV Assembleia