Como saber que ovos, carnes e outros alimentos estão estragados

por Antônio Luiz Moreira Bezerra publicado 20/09/2022 08h10, última modificação 19/09/2022 16h22
Aprenda reconhecer os sinais de que a comida já está imprópria para o consumo

Na dúvida se um alimento ainda está bom, corremos o risco de jogar fora itens que poderiam ser aproveitados ou de consumir aquilo que já está estragado.

 

Para evitar esse problema, o melhor é sempre estar atento ao prazo de validade dos produtos e às condições de armazenamento indicadas pelo fabricante, afirma Andrea Guerra Matias, professora do curso de nutrição da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Ao tirar o alimento da embalagem original, vale anotar em uma etiqueta a validade e o dia em que o pacote foi aberto, recomenda ela.

 

Também é importante saber identificar quando um ingrediente já está impróprio para o consumo. A seguir, a nutricionista ensina a reconhecer esses sinais.

 

OVO

 

Só é realmente possível saber se um ovo está estragado ao abri-lo (ele terá alteração de cor e odor ruim). Por isso, é bom sempre quebrar cada um separadamente, para que a receita toda não seja perdida por um item apodrecido.

 

Mas há dicas que ajudam a verificar se o ovo está mais fresco ou passado —o que não necessariamente significa que ele esteja impróprio para o consumo. Primeiro, observe a casca. Se for rugosa e mais grossa, é sinal de que o alimento é novo. Se for mais fina e lisa, significa que ele já deve estar mais velho.

 

Depois, coloque o ovo contra a luz e tente ver se a gema está centralizada. Isso porque, com o passar do tempo, a clara vai ficando mais fluída e, assim, a gema acaba se deslocando. Para fazer essa verificação, também dá para sacudir o ovo. Se ele não estiver fresco, dará para sentir a gema chacoalhando ali dentro.

 

E, se você ainda não estiver convencido, pode colocar o ovo dentro de um copo com água. Se ele afundar, está novo. Se flutuar, está velho.

 

Lembrando que os ovos devem ser guardados sempre na geladeira. O ideal é que não fiquem na porta, onde a variação de temperatura é maior.

 

CARNES

 

Uma carne crua pode já estar em processo de deterioração e não apresentar alterações muito perceptíveis na aparência nem no odor. Se você está com uma peça há algum tempo na geladeira e não sabe se ela está boa, faça um teste —que vale para carnes de boi, frango, porco ou peixe.

 

Pegue um pequeno pedaço, coloque-o dentro de um saco plástico e amarre. Cozinhe por alguns minutos em uma panela com água ou no microondas. Se, ao abrir o saquinho, você sentir um cheiro de podre, ela está estragada.

 

A recomendação é que as carnes cruas fiquem apenas um ou dois dias na geladeira. "Quando a gente compra do açougue, não sabe por quanto tempo aquela peça ficou lá. Por isso, é sempre bom já preparar ou congelar", afirma a nutricionista.

 

FRIOS

 

Embutidos, como peito de peru e presunto, começam a ficar com uma textura mais pegajosa quando estão estragados. Nos queijos, aparecem pontinhos brancos, que se assemelham a uma farinha. Isso é um indicativo da presença de fungos.

 

PÃO

 

Ao mínimo sinal de bolor, o pão inteiro deve ser jogado fora. Não dá para simplesmente cortar o pedaço com mofo e aproveitar o resto. Uma pequena mancha já indica que o fungo comprometeu outras partes do alimento, sem que isso seja visível ao olho nu.

 

LEITE

 

Às vezes, ele já está impróprio para o consumo, mas ainda não apresenta aquele cheiro azedo característico. Então, vale aquecer uma pequena quantidade na panela ou no microondas. Se talhar, o leite deve ser descartado.

 

BATATA

 

Ela não deve ser consumida quando tiver brotamentos ou a casca esverdeada. Essa coloração indica a presença de uma substância nociva chamada solanina. Para evitar a formação dessa toxina, a batata deve ser armazenada em um local protegido da luz. O mais indicado é que ela fique fora da geladeira, dentro de um saco ou de uma fruteira, por exemplo.

 

LEGUMES E FRUTAS

 

De modo geral, é possível reconhecer que esses alimentos estão estragados quando ficam mais amolecidos e/ou têm fungos em sua superfície.

 

.......................................

 

Fonte: Folha de São Paulo

Imagem: Gabriel Cabral/Folhapress

Edição: Site TV Assembleia