Brasil começa hoje campanha de vacinação contra a Poliomielite
O Brasil dá início, nesta segunda-feira, à campanha de vacinação contra a poliomielite, doença também conhecida como pólio e paralisia infantil.
O objetivo é ampliar a cobertura da proteção contra a doença, que não chegou a 50% do público-alvo em 2022, embora a meta preconizada pelo Ministério da Saúde seja de 95% para manter o vírus erradicado no país.
A mobilização vai até o dia 9 de setembro, e envolve ainda um esforço para aplicar as demais vacinas que compõem o calendário da criança e do adolescente, como tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba) e HPV.
"Faço um apelo a todos os pais e mães, avós e avôs para que levem as crianças da sua família para as mais de 38 mil salas de vacinação do país. Não faltam vacinas, elas estão aí e elas só têm um dono: o povo brasileiro. Temos que imunizar 15 milhões de crianças contra a pólio", afirmou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, durante o evento de lançamento da campanha em São Paulo, neste domingo.
A cobertura da pólio é uma das mais preocupantes no momento. Isso porque, segundo dados do Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI), apenas cerca de 47% do público-alvo foi imunizado contra a doença neste ano.
O percentual não atinge os 95% desejados pelo ministério desde 2015. No ano passado, alcançou apenas 70% das crianças.
A queda na proteção coloca o Brasil em alto risco de reaparecimento da doença, que é considerada erradicada no país desde 1994.
Outros países que também enfrentam baixa cobertura vacinal, como Estados Unidos e Israel, têm vivido novos casos da paralisia infantil. O combate à pólio é considerado uma emergência internacional de saúde pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Em julho, o estado de Nova York, nos Estados Unidos, detectou o primeiro caso de poliomielite em mais de dez anos. O paciente foi identificado como um homem adulto não vacinado. Já Israel apresentou uma série de infecções no início do ano, quando direcionou esforços para ampliar a baixa imunização no país. No Reino Unido, o vírus foi encontrado pela primeira vez em quarenta anos. Também houve um surto da doença no Malawi, na África, após a infecção de uma criança de 3 anos.
O esquema de imunização contra a doença no Brasil é composto de cinco doses, as três primeiras com a vacina de vírus inativada aos 2, 4 e 6 meses de idade, aplicadas por injeção.
Depois, entre os 15 e os 18 meses de idade, é feito o primeiro reforço com a vacina de vírus atenuado, a famosa gotinha. Aos 4 anos de idade, é realizado o segundo, e último, reforço, também por via oral.
O Ministério da Saúde estima que é preciso vacinar mais de 14 milhões de crianças contra a doença durante a campanha para chegar à cobertura de 95%. Para isso, cerca de 40 mil postos de saúde pelo país estão oferecendo todas as doses do imunizante.
Além da proteção contra a pólio, a mobilização foca em demais vacinas destinadas à criança e ao adolescente, como a da Covid-19, disponível hoje no país para todos com três anos ou mais. Confira todas as vacinas:
Vacinação infantil
- Hepatite A e B
- Penta (DTP/Hib/Hep B)
- Pneumocócica 10 valente
- VIP (Vacina Inativada Poliomielite)
- VRH (Vacina Rotavírus Humano)
- Meningocócica C (conjugada)
- VOP (Vacina Oral Poliomielite)
- Febre amarela
- Tríplice viral (Sarampo, Rubéola, Caxumba)
- Tetraviral (Sarampo, Rubéola, Caxumba, Varicela)
- DTP (tríplice bacteriana)
- Varicela
- HPV quadrivalente (Papilomavírus Humano)
- Covid-19
Vacinação adolescentes
- HPV
- dT (dupla adulto)
- Febre amarela
- Tríplice viral (Sarampo, Rubéola, Caxumba)
- Hepatite B
- dTpa (tríplice bacteriana adulto)
- Meningocócica ACWY (conjugada)
- Covid-19
Com Informações IG Saúde
Imagem: GZH