Auditora contesta dado do IBGE sobre lixões no Piauí; o número é maior, mas estado intensifica ações para regularização

por Antônio Luiz Moreira Bezerra publicado 02/12/2024 11h25, última modificação 02/12/2024 11h25
Catharina Teixeira participou de entrevista no Bom Dia Assembleia

A auditora fiscal ambiental da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Piauí (Semarh), Catharina Teixeira, participou nesta segunda-feira, 2 de dezembro, de entrevista a Juliana Arêa Leão no jornal Bom Dia Assembleia e esclareceu informações sobre a pesquisa do IBGE que aponta que 173 municípios do estado ainda utilizam lixões como destino final para resíduos sólidos. Segundo Catarina, os dados estão incorretos, pois, na prática, o número de municípios em situação irregular chega a 189.

 

A auditora explicou que as inconsistências nos dados decorrem de divergências no entendimento dos conceitos de aterro sanitário, aterro controlado e lixão. Para ela, práticas como queima de resíduos e falta de controle de gases e chorume transformam áreas inicialmente classificadas como aterros controlados em lixões, de acordo com a definição legal.

 

A auditora informou qeu desde 2022, a Semarh, em parceria com o Tribunal de Contas do Estado (TCE) e o Ministério Público, trabalha no fechamento de lixões em todo o estado. Até agora, 35 municípios já encerraram seus lixões e destinam os resíduos de forma regular em aterros licenciados. Entre os aterros que já recebem resíduos, destacam-se os localizados em Água Branca, Altos e Buriti dos Lopes, sendo este último apto também para resíduos industriais e de saúde.

 

Segundo Teixeira, a previsão para 2025 é dobrar o número de lixões fechados, com a implantação de novas soluções, como o aterro da cidade de Francisco Santos, que atenderá 35 municípios da região de Picos, e iniciativas em Floriano e Piripiri.

 

Além da fiscalização e aplicação de multas, a Semarh também busca soluções para os catadores que dependem dos lixões para sobreviver. Um termo de compromisso assinado recentemente com o Ministério Público do Trabalho prevê a capacitação e integração desses trabalhadores em novas centrais de triagem ou aterros.

 

Confira a entrevista na íntegra


 

Fonte: TV Assembleia