ATIVIDADE FÍSICA: Cresce número de brasileiros que fazem exercícios no tempo livre

por Antônio Luiz Moreira Bezerra publicado 23/03/2022 13h10, última modificação 23/03/2022 12h18
Segundo a pesquisa Estimativas Sobre Frequência e Distribuição Sociodemográfica de Prática de Atividade Física nas Capitais dos 26 estados Brasileiros e no Distrito Federal, entre 2009 e 2020, o percentual aumentou de 30,3%, em 2009, a 36,8% em 2020

O percentual de brasileiros que fazem exercício no seu tempo livre aumentou entre os anos de 2009 e 2020, variando de 30,3%, em 2009, a 36,8% em 2020. Os dados são da pesquisa Estimativas Sobre Frequência e Distribuição Sociodemográfica de Prática de Atividade Física nas Capitais dos 26 estados Brasileiros e no Distrito Federal entre 2006 e 2020, do Ministério da Saúde. 

A OMS recomenda a prática de ao menos 150 minutos de atividade física moderada ou 75 minutos por semana com intensidade vigorosa. No mundo, 23% dos adultos não atingem essas recomendações. 

No Brasil , a frequência de adultos com prática insuficiente de atividade física se manteve estável no período entre 2013 e 2020, variando de 49,4%, em 2013, a 47,2% em 2020.

O estudo classifica como fisicamente inativos todos os indivíduos que referem não ter praticado qualquer atividade física no tempo livre, nos últimos três meses, e que não realizam esforços físicos relevantes no trabalho, não se deslocam para o trabalho ou para a escola a pé ou de bicicleta (fazendo um mínimo de 10 minutos por trajeto ou 20 minutos por dia) e que não participam da limpeza pesada de suas casas.

A frequência de adultos fisicamente inativos também se manteve estável no período entre 2009 e 2020, variando de 15,9%, em 2009, a 14,9% em 2020 

Importância do acompanhamento

Segundo o especialista Doutor em Ciências do Movimento Humano, Prof. Dr. Rodrigo Rodrigues, quanto mais se realiza, melhores são os resultados. Mas é sempre importante o acompanhamento de um profissional de educação física, que vai conseguir prescrever adequadamente, respeitando a individualidade de cada pessoa. 

“Além disso, dados semelhantes são observados na perspectiva de saúde cardiovascular, metabólica, perda de peso, manutenção de peso após a perda e saúde osteomioarticular (por exemplo, ossos e articulações). Ainda, as evidências vêm crescendo em todos os aspectos de saúde, com os parâmetros relacionados à saúde mental recebendo grande atenção ultimamente, como depressão, ansiedade e estresse”, ressalta. 

Atividade física por UF

 

O Distrito Federal é a unidade da federação com o maior percentual de adultos que praticam atividades físicas no tempo livre equivalentes a pelo menos 150 minutos de intensidade moderada por semana. O índice chega a 46,6%. Já São Paulo aparece com a menor taxa, 27,5%.

 

Adultos ativos por UF

 

Estados 2009 2020
Aracajú  30,1% 44,4%
Belém 33,8% 34,0%
Belo Horizonte 34,2% 41,0%
Boa Vista 31,6% 38,1%
Campo Grande 34,7% 38,7%
Cuiabá 28,2% 38,7%
Curitiba 31,9% 43,7%
Florianópolis  40,9% 45,4%
Fortaleza 31,1% 45,2%
Goiânia 34,0% 41,8%
João Pessoa  32,5% 36,6%
Macapá 32,1% 42,0%
Maceió 32,0% 44,8%
Manaus  31,5% 32,8%
Natal  31,0% 45,2%
Palmas 32,8% 45,2%
Porto Alegre 31,9% 35,8%
Porto Velho  31,2% 35,8%
Recife 29,6% 36,3%
Rio Branco 28,4% 36,9%
Rio de Janeiro  31,6% 35,6%
Salvador 28,9% 41,8%
São Luís  27,5% 37,6%
São Paulo  24,6% 27,5%
Teresina 28,3% 40,1%
Vitória  38,1% 45,0%
Distrito Federal  38,8% 46,6%

DCNT

Segundo a pasta, a pesquisa faz parte de uma série de estudos que serão disponibilizados entre os meses de março e traz panorama dos fatores de risco e proteção para as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que em torno de 71% das 57 milhões de mortes ocorridas globalmente foram ocasionadas pelas DCNT, em 2016. No Brasil, essas doenças são igualmente relevantes, sendo responsáveis, no mesmo ano, por 74% do total de mortes.

DCNT: 4 fatores de risco 

  • Consumo alimentar inadequado;
  • Inatividade física;
  • Tabagismo;
  • Consumo abusivo de bebidas alcoólicas.

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Fonte: Brasil 61
Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil