72% dos homens consideram ter saúde mental boa ou muito boa

por Antônio Luiz Moreira Bezerra publicado 01/07/2022 13h10, última modificação 01/07/2022 12h53
Pessoas casadas e mais velhas têm avaliação melhor do que solteiros e jovens

Uma pesquisa realizada pela empresa On The Go Research Tech mostrou que 72% dos homens consideram sua saúde mental boa ou muito boa. Entre as mulheres, 55% têm essa mesma avaliação.

 

O levantamento foi feito com 405 pessoas a partir de 18 anos, moradores das cinco regiões do Brasil. Dos respondentes, 54% eram mulheres e 46% homens; 14% disseram pertencer economicamente à classe A, 58% à B e 28% à C. As perguntas foram feitas entre os dias 5 e 11 de maio deste ano.

 

No total, 35% dos participantes afirmaram que sua saúde mental está muito boa e 28% boa; 29% disseram que está regular, 6% falaram que está ruim e 3% muito ruim.

 

Sobre a motivação para cuidar da mente, 53% das mulheres disseram que é para ficar bem e cuidar da família, enquanto 45% dos homens afirmaram que é para ter uma vida longa com qualidade.

 

Quando questionados sobre quais atividades contribuem para o bem-estar da mente, 76% responderam exercícios físicos, 66% disseram boa alimentação, 36% falaram fazer terapia, 31% sair com amigos, 24% citaram meditação, 17% afirmam cuidar da aparência.

 

O grupo masculino também declarou sentir menos cansaço, irritação e insegurança, enquanto a ala feminina diz sofrer mais com problemas como ansiedade depressão. Apesar de mais da metade das mulheres contarem que ir ao psicólogo também faz parte da receita de melhor cuidado da saúde mental, somente 20% delas fazem acompanhamento psicológico.

 

Dos casados, 70% relataram estar com a saúde mental muito boa ou boa, enquanto apenas 48% dos solteiros confessam estarem bem assim.

 

Entre as pessoas com mais de 55 anos, 86% afirmam estar bem psicologicamente, sendo que somente 44% dos jovens de 18 a 24 dizem o mesmo.

 

A pesquisa também revela os desafios existentes para o cuidado com a saúde mental: o dia a dia corrido é a principal barreira declarada para o cuidado, principalmente entre jovens e solteiros: 43% comentam que o excesso de responsabilidade e tarefas comprometem, seguido pelo fato de que psicólogos e psiquiatras são muito caros, com 23%. Outros 23% afirmam não ter horas suficientes de sono por dia, e 19% não possuem motivação suficiente para se cuidar.

 

Quase metade dos respondentes sentiu que sua saúde mental foi afetada pela pandemia da Covid-19, com destaque para as mulheres e os mais jovens. Dentro do recorte de renda, não houve diferença significativa quanto a essa percepção, mostrando que a pandemia atingiu a todos.

 

Enquanto 49% das pessoas com menor renda alegaram a saúde mental foi afetada no período, 41% das pessoas de maior poder aquisitivo disseram o mesmo. Mas quem já estava ruim, piorou. Das pessoas que declararam estar com a saúde mental ruim ou média, 62% sentiram que a pandemia agravou ainda mais esse quadro.

 

.....................................................

 

Fonte: Folha de São Paulo

Imagem: ShotPrime Studio/Adobe Stock

Edição Site TV Assembleia