UFPI triplica número de pesquisadores bolsistas

por Antônio Luiz Moreira Bezerra publicado 12/05/2024 12h25, última modificação 12/05/2024 12h25
Em apenas 3 anos, a universidade aumentou em três vezes número de pesquisadores bolsistas em Desenvolvimento Tecnológico.

Até 2020, a Universidade Federal do Piauí (UFPI) possuía apenas dois pesquisadores Bolsistas em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação junto ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Com as ações de incentivo às pesquisas de base tecnológica e inovação da Pró-Reitoria de Pesquisa e Inovação (PROPESQI), a Instituição alcançou em 2023 a marca de sete pesquisadores Bolsistas em Desenvolvimento Tecnológico e Extensão Inovadora junto ao CNPq. As bolsas dessa modalidade são destinadas a pesquisadores que se destacam entre seus pares, valorizando sua produção em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, segundo critérios normativos.


O professor Thiago Pajeú do Nascimento, do Campus Professora Cinobelina Elvas, em Bom Jesus, foi contemplado na última Chamada do CNPq, na área de Tecnologias Agrárias. Antes de ascender à bolsista do CNPq, o professor passou pelo Programa de Bolsa de Produtividade em Pesquisa e em Desenvolvimento Tecnológico da UFPI (PQ-DT/UFPI), iniciativa que visa incentivar e induzir os servidores da UFPI a submeterem projetos às Chamadas do CNPq ou a outras agências de fomento nacional ou internacional, por meio da concessão de bolsas aos pesquisadores da Instituição.



A pesquisa do professor apoiada pela PROPESQI resultou no artigo "Role of gamma radiation as an agent modulator of Mucor subtilissimus UCP1262 Fibrinolytic Enzyme (MsFE)", publicado na Process Biochemistry, periódico de fator de impacto 4,4 e Qualis A3 na área da engenharia. O manuscrito contou ainda com parcerias nacionais, como a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Universidade Federal do Agreste (UFAPE), Universidade de Pernambuco (UPE) e Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), e internacionais, como a Aalborg University (Dinamarca), Justus-Liebig-Universität Gießen (Alemanha) e University of Genoa (Itália). “A bolsa foi muito importante, é uma forma de nos sentirmos mais valorizados profissionalmente pela dedicação na pesquisa e comprometimento para fazer o melhor pela ciência na nossa Universidade e no nosso país. Agradeço a PROPESQI pelo incentivo”, destacou o professor Thiago Pajeú.


Para o professor Anderson Nogueira Mendes, também contemplado na última chamada na área de Tecnologias Médicas e da Saúde, ser bolsista DT/CNPq é um marco para a carreira de pesquisador, já que o resultado revela que as pesquisas estão sendo reconhecidas por outros pesquisadores e pelo governo federal. Além disso, significa que o pesquisador atendeu aos requisitos de produção científica e tecnológica, parcerias público-privadas, impacto e relevância das linhas de pesquisa. Com pesquisa sobre biossensores para diagnóstico de tuberculose, o professor também foi bolsista PQ-DT/UFPI. "Ser bolsista UFPI ajudou nessa trajetória, pois o recurso da bolsa serviu de apoio para custear alguns dos projetos que desenvolvemos. Além disso, percebo que alguns órgãos de fomento observam de forma positiva esse edital interno da UFPI. Editais de auxílio ao pesquisador da UFPI têm contribuído muito como suporte à pesquisa que desenvolvemos", ressaltou.


Única mulher do grupo de Bolsistas em Desenvolvimento Tecnológico e Extensão Inovadora na UFPI, a professora Regilda Moreira-Araújo, do Centro de Ciências da Saúde (CCS), foi bolsista Produtividade em Pesquisa por 6 anos no CNPq e por um ano na UFPI. Contudo, com perfil mais voltado para a inovação, pesquisa aplicada e desenvolvimento de novos produtos, inclusive com uso de insumos regionais, a bolsa DT mostrava-se mais alinhada à sua atuação, bem como à necessidade da UFPI, uma vez que a Instituição possuía poucos bolsistas nessa modalidade e está envidando esforços para elevar seus índices nessa categoria. Na Bolsa DT, além de artigos, livros e capítulos de livros, é necessário ter produtos tecnológicos e realizar inovação.



"Fico muito orgulhosa de ser a primeira mulher que conseguiu uma bolsa DT na UFPI, pois a maioria dos bolsistas DT CNPq são homens, ou seja, ainda é dominada por homens, mas esta realidade está mudando. Espero que seja um estímulo para outras mulheres também aplicarem e conseguirem ser bolsistas DT, porque essa área de inovação e produção de novas tecnologias é muito importante para o desenvolvimento da nossa região, do país e, também, para a melhoria da qualidade de vida da população. Essas pesquisas aplicadas são aquelas que, realmente, chegam até a comunidade e a população, e a pesquisa básica é muito importante porque subsidia essas pesquisas aplicadas", frisou a professora Regilda.



Atualmente, também são bolsistas DT/CNPq os professores Lívio César Cunha Nunes, Romuere Rodrigues Veloso e Silva, Antônio Oseas de Carvalho Filho e Marcelo Barbosa Furtini.



Desde 2022, com a publicação da nova Resolução que trata do Programa Bolsa de Produtividade – Resolução CEPEX/UFPI n° 281, de 18 de março –, o Programa ampliou sua esfera de atuação e passou a se tornar então o Programa de Bolsa de Produtividade em Pesquisa e em Desenvolvimento Tecnológico (PQDT), destacando a importância da valorização das ações voltadas ao desenvolvimento tecnológico e inovação na instituição. “Ao completar apenas dois anos de incentivo direto à pesquisa aplicada e a inovação em nossa Instituição, já conseguimos alcançar resultados significativos, isso demonstra que estamos no caminho certo”, ressaltou o professor Luiz de Sousa Santos Júnior, Pró-Reitor de Pesquisa e Inovação.

 

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Fonte: UFPI - Imagem: Reprodução

Edição: Site Rádio Alepi FM