Piauí é o 4º estado que mais investe recursos públicos em ciência e tecnologia

por Ângela Núbia Carvalho Sousa publicado 14/01/2023 21h53, última modificação 14/01/2023 21h53
É o que revela o Índice Fiec 2022, uma pesquisa feita pela Federação das Indústrias do Estado do Ceará

O Piauí alcançou o 4º lugar no Brasil, entre os estados que mais investiram recursos públicos em ciência e tecnologia. É o que revela o Índice Fiec 2022, uma pesquisa feita pela Federação das Indústrias do Estado do Ceará, que contribui para a construção de agendas de desenvolvimento. São Paulo (1º), Rio de Janeiro (2º) e Espírito Santo (3º) lideram o ranking. O investimento público em ciência e tecnologia (C&T) é um potencializador do investimento privado, atraindo novos atores e estimulando a inovação nas mais diversas atividades econômicas.

 

Parte do recurso aplicado pelo Governo Estadual em ciência e tecnologia, passa pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (Fapepi), que no ano passado alcançou o recorde de R$ 18 milhões investidos entre janeiro e outubro. O valor representa quase o dobro do executado em 2019 (R$ 10,9 milhões). Os recursos financiam ações diversas, entre elas o pagamento de 590 bolsas de estudo, que abrangem da iniciação científica ao pós-doutorado.

 

Por meio do Programa Centelha I, a Fapepi apoia e acompanha o trabalho de 20 empresas de base tecnológica, que seguem desenvolvendo seus projetos. Em outra frente, no programa denominado Tecnova, a instituição vem apoiando empreendimentos já consolidados no mercado, estimulando o desenvolvimento de projetos inovadores. Em 2022 foram contempladas 13 empresas no Tecnova, com investimento total de R$ 2,4 milhões.

 

A pesquisa é um requisito indispensável para o desenvolvimento da indústria, e os investimentos realizados pelo Governo do Piauí, suscitam boas expectativas no setor. “Sempre a inovação em ciência e tecnologia traz eficiência nos processos. Significa melhora nos custos, tornando as empresas mais competitivas e os produtos mais acessíveis para os consumidores”, avalia Federico Musso, presidente do Centro das Indústrias do Estado do Piauí (CIEPI).

 

Na prática, a aplicação de uma pesquisa pode revolucionar a rotina de uma indústria. A automação de processos permite uma maior inclusão no setor, possibilitando, por exemplo, que mulheres passem a executar atividades antes exclusivas de homens. Pode ainda reduzir esforços físicos, promovendo melhoria da saúde dos funcionários, minimizando afastamentos por doenças, entre outros benefícios.

 

A Fapepi projeta como desafios aumentar o número de startups criadas no Piauí, ampliar o número de pesquisadores atendidos e seguir promovendo a inovação tecnológica em empresas piauienses. O trabalho promete mais resultados em curto, médio e longo prazos.

 

 

 

Fonte: CCom

Imagem: Rovena Rosa/Agência Brasil