Museu de Arqueologia da UFPI realiza exposição “Coisas de Pescador”
O Museu de Arqueologia e Paleontologia da UFPI, em parceria com o curso de Arqueologia, e o Museu da Resistência Boa Esperança, realiza na quinta-feira, dia 29 de Junho, a exposição “Coisas de Pescador” nas margens dos rios Parnaíba e Poti na Festa dos Pescadores.
O vice-diretor do Museu de Arqueologia e Paleontologia (MAP), prof. Vinicius Melquiades dos Santos, conta que o convite para produzir a exposição surgiu através de um projeto de extensão em que o professor e os alunos pesquisavam sobre a produção de canoas e pesca no bairro Poty Velho, zona norte de Teresina. “Através desse projeto de pesquisa o Sr. Celso, que é artesão e produz há anos canoas no Poty Velho, nos convidou para montar uma barraca na festa tradicional que eles fazem, a Festa dos Pescadores. Para podermos expor materiais relacionados a arqueologia, esclarecer o que é arqueologia através da história dos rios Poti e Parnaíba, se referindo também a relação que as pessoas têm com os rios”, revela.
Ele também destaca a importância da exposição para dialogar sobre a relevância das comunidades que moram em torno dos rios e como elas influenciam na preservação das águas, e que a ideia da exposição é fazer com que a Universidade extrapole os muros principalmente no que se refere a comunidade teresinense.
“A nossa concepção é sensibilizar quanto a necessidade de preservação das águas. Não só de preservação dos rios em si, mas desses modos de vida tradicionais e menos predatórios que se encontram próximos às margens. Então, a ideia é a gente entender que essas pessoas que tem essa relação mais íntima com o Poti e Parnaíba, por assim dizer, são agentes importantíssimos da preservação dos rios. Então a ideia é exatamente aproximar a Universidade da comunidade e pensando em comunidade principalmente no sentido das populações tradicionais”, acrescenta.
A exibição irá mostrar fotos, vídeos e materiais arqueológicos, como canoas, redes de pesca e outros elementos da cultura material vinculada a relação que as pessoas estabelecem com o rio. Todo o projeto tem participação dos alunos do curso de Arqueologia da UFPI, começando desde o processo de curadoria até a etapa da montagem e apresentação da exposição.
A exposição está ligada diretamente ao programa de extensão para elaboração do Plano Museológico Participativo do Museu de Arqueologia e Paleontologia da Universidade Federal do Piauí (PLAMPA-MAP/UFPI). O programa de extensão tem como objetivos fazer um levantamento sobre os indicadores da memória, dos patrimônios culturais e das referências culturais de Teresina e do Piauí, mas enfatizando a princípio Teresina para que essas referências culturais sejam inseridas no museu.
Fonte: Ascom UFPI
Imagem: Divulgação UFPI