Fundação Municipal de Saúde promove mutirão de hanseníase no próximo sábado em Teresina
A Fundação Municipal de Saúde (FMS) promove no próximo sábado (27), um mutirão de avaliação de casos suspeitos de hanseníase. A atividade faz alusão à campanha Janeiro Roxo, e ocorre de 8h às 12h nas Unidades Básicas de Saúde do Renascença (zona Sudeste) e da Santa Maria da Codipi (zona Norte).
Hanseníase é uma doença infecciosa, causada pela Mycobacterium leprae. É transmissível e atinge, principalmente, a pele e os nervos periféricos como mãos e pés. A transmissão ocorre pelas vias respiratórias (fala, espirro ou tosse), durante o convívio prolongado com o doente sem tratamento. Tem como sintomas o aparecimento de manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou acastanhadas, com diminuição e/ou perda de sensibilidade, pele seca e queda de pelos. Outros sintomas são dor, sensação de choque, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços e pernas; nódulos (caroços) no corpo, avermelhados e dolorosos e diminuição da força muscular das mãos e/ou pés.
Dados parciais da FMS mostram que no ano de 2023 foram diagnosticados 195 casos novos de hanseníase na população geral de Teresina, com uma taxa de detecção de 22,5 casos/100.000 habitantes. Outro indicador que se destaca é a taxa de detecção em casos de menores de 15 anos (Hanseníase Infantil), com nove casos novos, o que corresponde a uma taxa de 4,38 casos/100.000 habitantes. “A prevalência de Hanseníase Infantil significa transmissão recente da doença por possível contato com pessoas doentes não tratadas e manutenção da endemia”, comenta a enfermeira da FMS, Svetlana Coelho
Para participar, a orientação é a de que a pessoa que tiver alguma mancha na pele e suspeita de que seja hanseníase vá a um dos mutirões onde estarão os profissionais especializados para o atendimento. Em caso positivo, ele inicia imediatamente o tratamento, que é gratuito e oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Os pacientes podem ser tratados em casa com supervisão periódica nas UBS.
Svetlana Coelho reforça que, quanto mais cedo a doença for diagnosticada, mais eficaz será o tratamento. “É longo o espaço de tempo entre o contágio e o aparecimento dos sinais da doença. O paciente deixa de transmitir a doença para seus familiares ao iniciar o tratamento medicamentoso”, esclarece a enfermeira.
De Ascom/FMS